ESTUDO DE REMOÇÃO DE MICROPOLUENTES DE ÁGUAS RESIDUAIS DA INDÚSTRIA DE CORTIÇA

Autores

  • Andrei Goldbach Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Fernanda Rasera Universidade do Oeste de santa Catarina - UNOESC
  • Jean Carlo Salomé dos Santos Menezes Professor do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC),
  • Ricardo Manuel Nunes Salgado Instituto Politécnico de Setubal

Resumo

As indústrias corticeiras demandam grandes quantidades de água em seu processo produtivo, gerando, consequentemente, altos volumes de efluentes líquidos com composições complexas e de difícil degradação. Por esses motivos e somado ao custo de um tratamento eficiente, muitas indústrias dispensam seus resíduos sem qualquer tratamento prévio, gerando grandes impactos no ambiente. Os ácidos fenólicos que estão presentes nessas águas são os poluentes de estrutura mais complexa e os mais significativos; entre eles estão ácidos gálico, protatéquico, vanílico, siríngico, ferúlico e elágico. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar em escala laboratorial a remoção do micropoluente ácido gálico, presente nas águas residuais de indústrias de cortiça, e como objetivos específicos analisar a ação de duas tecnologias distintas, fotólise direta com radiação ultravioleta e ozonização, comparar os dados obtidos pelos métodos e detectar os possíveis interferentes durante as análises. O estudo foi executado com uma solução de ácido gálico preparada inicialmente a 1000 ppm, depois verificou-se o perfil do composto para que os demais ensaios fossem executados. Os ensaios de ozonização e fotólise com radiação UV foram realizados com os mesmos intervalos de tempo de exposição da amostra. As leituras foram realizadas em um espectrofotômetro, e os produtos das reações analisados por HPLC; os dados obtidos foram tratados e interpretados. Após concluídos os experimentos, obteve-se uma taxa de remoção global pelo procedimento de fotólise após 40 minutos de exposição da amostra de 83,72% e um coeficiente de fotodegradação de 0,0626 min-1. O processo de ozonização não foi eficiente na degradação do composto, dessa forma, não apresentando valores para as constantes cinéticas. O estudo verificou a formação de outros cinco produtos durante o processo de fotodegradação por radiação UV. Para futuros trabalhos, sugere-se a identificação destes produtos, pois esses podem ser prejudiciais e tóxicos ao meio ambiente.

Palavras-chave: Indústrias de cortiça. Ácido gálico. Fotólise com radiação UV. Ozonização. 

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Biografia do Autor

Andrei Goldbach, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutorando em Engenharia de Materiais pela UFRGS. Mestrado em Engenharia Ambiental pela FURB (2009), Especialização em Gestão pela UNOESC (2005), Especilaização em Engenharia de Segurança do Trabalho (2013), Graduação em Engenharia de Produção Mecânica pela UNOESC (2002). Atualmente é coordenador do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UNOESC - campus de Videira

Fernanda Rasera, Universidade do Oeste de santa Catarina - UNOESC

Acadêmica do curso Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Videira

Jean Carlo Salomé dos Santos Menezes, Professor do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC),

Químico pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Mestre e Doutor em Tecnologia Mineral, Ambiental e Metalurgia Extrativa pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGE3M/UFRGS). Professor do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC),  jean.menezes@unoesc.edu.br

Ricardo Manuel Nunes Salgado, Instituto Politécnico de Setubal

Coordenador do Curso de Especialização Tecnológica em Qualidade Ambiental, Coordenador do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente, ricardo.salgado@estsetubal.ips.pt.

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Publicado

2015-06-23

Como Citar

Goldbach, A., Rasera, F., Salomé dos Santos Menezes, J. C., & Salgado, R. M. N. (2015). ESTUDO DE REMOÇÃO DE MICROPOLUENTES DE ÁGUAS RESIDUAIS DA INDÚSTRIA DE CORTIÇA. Unoesc & Ciência - ACET, 6(1), 43–52. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acet/article/view/6705