GESTÃO AMBIENTAL NA SUINOCULTURA: SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS POR UNIDADE DE COMPOSTAGEM

Autores

  • Jairo Afonso Henkes Unisul
  • Patricia Cadis

Resumo

Os dejetos de suínos, até a década de 1970, não constituíam fator preocupante, pois a concentração de animais, mesmo nas áreas de pequena propriedade rural, era pequena, e o solo das propriedades tinha capacidade para absorvê-los como adubo orgânico. A estrutura atual dos sistemas produtivos de suínos baseia-se na concentração de animais em pequenas áreas, gerando grandes excedentes de dejetos, que demandam áreas relativamente grandes para o seu aproveitamento como fertilizante em lavouras e pastagens. Entretanto, os impactos da suinocultura sobre os recursos ambientais, principalmente sobre o solo e a água, são imensos, na medida em que as práticas produtivas tradicionais têm negligenciado a aplicação de medidas de conservação ambiental que a atividade requer. Duas condições adversas ampliam o desgaste ambiental produzido pela suinocultura de grande escala: o fato de a maior parte do rebanho estar concentrada sobre uma área geográfica relativamente pequena da região Sul e Oeste do Estado de Santa Catarina onde os impactos ambientais mais severos ocorrem justamente no primeiro elo da cadeia produtiva, a propriedade rural, no ambiente de pequenos produtores rurais, difusamente assentados e sempre carentes dos recursos necessários para a introdução de tecnologias avançadas de conservação ambiental. O presente trabalho apresenta como questão central: O tratamento de resíduos pelo método de compostagem de dejetos suínos pode representar uma alternativa para a solução da contaminação ambiental nas regiões com problemas de alta concentração da produção de suínos, principalmente para pequenas propriedades rurais? O objetivo do trabalho foi analisar o sistema de tratamento de resíduos pelo método da compostagem de dejetos suínos no Estado de Santa Catarina. A alternativa de tratamento de dejetos de suínos pelo processo de compostagem é extremamente importante e segura, pode ser tecnicamente aplicada para as regiões de pequenas propriedades, com alta concentração populacional de suínos e pouca área agrícola disponível, sendo viável para a maioria dos produtores, desde que adequados os dimensionamentos aos volumes de dejetos gerados pela produção.

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Biografia do Autor

Jairo Afonso Henkes, Unisul

Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina - UDESC (1986). Especialista em Administração Rural pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC (1996) e Mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC(2006). Atualmente é Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL, na Graduação e nos Programas de Pós Graduação em Gestão Ambiental, em Desenvolvimento de Negócios Internacionais e em Segurança Pública, é Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental e Editor da Revista Eletrônica Gestão & Sustentabilidade Ambiental. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Comercialização Agrícola, em Projetos e Planejamento Agropecuários, Projetos de Supervisão e Gerenciamento Ambiental e Desenvolvimento Regional Sustentável, Gestão e Tratamento de Resíduos, Consultoria Ambiental e Licenciamento Ambiental.

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Publicado

2014-10-23

Como Citar

Henkes, J. A., & Cadis, P. (2014). GESTÃO AMBIENTAL NA SUINOCULTURA: SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS POR UNIDADE DE COMPOSTAGEM. Unoesc & Ciência - ACET, 5(2), 169–188. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acet/article/view/3693