DIMENSIONAMENTO COMPARATIVO LAGOAS VERSUS WETLANDS PARA O TRATAMENTO DE ESGOTO EM BAIRRO DE CAMPOS NOVOS, SC
Resumo
No cálculo da contribuição de despejos deve ser considerado 80% do consumo local de água. O esgoto apresenta carga poluente que precisa ser removida por meio de estações de tratamento de esgoto (ETE), antes do lançamento em um corpo d’água receptor. Para subsidiar a escolha entre sistemas de tratamento de esgotos, realizou-se um estudo de viabilidade técnico-econômica aplicado a uma comunidade de baixa renda do município de Campos Novos, SC com 1.800 contribuintes. Os sistemas escolhidos para o estudo foram: Lagoas de Estabilização e Zonas de Raízes – Wetlands. O estudo de viabilidade de um sistema de tratamento de esgoto sanitário inclui aspectos relevantes para garantir eficiência, entre eles: área ocupada pela ETE, custo de implantação, potência instalada associada ao consumo de energia, produção de lodo, remoção de nutrientes, confiabilidade no sistema, simplicidade operacional e vida útil. A autarquia Samae dispõe de terreno destinado à implantação da ETE. O dimensionamento de ambos os sistemas indicou que a opção lagoas de estabilização demanda 15.448,26 m2 de área para a sua implantação, e para a Zona de Raízes – wetlands precisa-se de 1.625,52 m2. O quesito área tornou inviável a opção de lagoas de estabilização. Outro fator positivo para a escolha das wetlands é a ausência de odores desagradáveis, pois as plantas atuam como filtros. As vantagens do sistema wetlands resultam de um tratamento basicamente biológico sem o uso de energia, agentes químicos ou equipamentos mecânicos. Para o local, concluiu-se que o sistema mais viável contempla: tratamento preliminar, um tanque séptico de duas câmaras (18,00 m x 7,00 m x 2,80 m), dois filtros anaeróbios (diâmetro 5,50 m x 2,25 m) e quatro unidades de wetlands (33,00 m x 11,00 m x 0,70 m). O orçamento do projeto desenvolvido alcançou R$ 600.000,00.
Palavras-chave: Tratamento de esgoto. Lagoas de Estabilização. Wetlands.