Avaliação das possíveis interações medicamentosas de inibidores da HMG-coA-redutase utilizados no tratamento da dislipidemia

Autores

  • Arthur Fortes Gomes Instituto Brasil de Pós Graduação Capacitação e Acessoria
  • Ian Jhemes Oliveira Sousa Universidade Federal do Piauí-UFPI
  • Simone de Araújo Universidade Federal do Piauí-UFPI
  • Angélica Cristina Lima Moura Faculdade de Educação São Francisco -FAESF
  • Rodrigo Lopes Gomes Gonçalves Universidade Federal do Piauí-UFPI
  • Vivianne Rodrigues Amorim Universidade Federal do Piauí-UFPI

Resumo

As dislipidemias são caracterizadas por transtornos no perfil lipídico dos pacientes, causando transtornos graves de saúde, como a ateromatose e distúrbios cardiovasculares. O aumento dos níveis séricos do colesterol total e lipoproteínas de baixa densidade (LDL) configura um dos principais problemas de desordem lipídica, em que os inibidores da HMG-coA redutase, conhecidos como estatinas, conseguem modular significativamente o perfil lipídico do paciente a favor de um equilíbrio benéfico, porém essa classe farmacológica tem grande potencial de interação com outras drogas, especificamente em interações das vias de metabolismo hepático, causando aumentos sérios de seus níveis plasmáticos e transtornos de toxicidade ao tecido muscular, como a rabdomiólise e suas complicações. O objetivo neste artigo foi trazer, à luz da literatura, as principais interações medicamentosas das estatinas disponíveis para terapêutica no País, fazendo-se, para isso, uma abordagem analítico-discursiva de dados encontrados em bases de dados sobre medicamentos. As estatinas sofrem interação medicamentosa com as principais classes de medicamentos disponíveis no mercado, especialmente as drogas que sofrem metabolismo microssomal hepático pela via CYP3A4, e essa competição pela via metabólica pode aumentar os níveis séricos das estatinas, predispondo o paciente a ter patologias do musculo esquelético. Entre as principais estatinas disponíveis para a terapêutica, a grande maioria tem metabolismo hepático comum pela CYP3A4, o que aumenta as possibilidades de interação com a maioria de fármacos disponíveis, porém existem também opções de estatinas que têm metabolismo alternativo, seja por outras isoformas de CYP, seja por metabolismo citosólico comum, e representam opções com menos potencial para causar interações farmacológicas. 

Palavras-chave: Estatinas. Interação medicamentosa. Rabdomiólise. Dislipidemia.

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Biografia do Autor

Arthur Fortes Gomes, Instituto Brasil de Pós Graduação Capacitação e Acessoria

Pós graduado em Farmacologia Clínica e Prescrição - IBRAS/CATHEDRAL

Ian Jhemes Oliveira Sousa, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Bacharelando em Farmácia, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Bolsista CNPq

Simone de Araújo, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Farmacologia

Angélica Cristina Lima Moura, Faculdade de Educação São Francisco -FAESF

Nutricionista, Faculdade de Educação São Francisco -FAESF

Rodrigo Lopes Gomes Gonçalves, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Mestrando pelo Programa de Pós graduação em Farmacologia

Vivianne Rodrigues Amorim, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Mestre em Farmacologia, Universidade Federal do Piauí-UFPI

Doutoranda em Biotecnologia, Rede Nordeste de Biotecnologia-RENORBIO

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Publicado

2018-06-28

Como Citar

Gomes, A. F., Sousa, I. J. O., Araújo, S. de, Moura, A. C. L., Gonçalves, R. L. G., & Amorim, V. R. (2018). Avaliação das possíveis interações medicamentosas de inibidores da HMG-coA-redutase utilizados no tratamento da dislipidemia. Unoesc & Ciência - ACBS, 9(1), 39–44. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/13179