EFEITO PROTETOR DO ÁCIDO GÁLICO E DODECIL GALATO CONTRA O DANO HEPÁTICO INDUZIDO PELO TETRACLORETO DE CARBONO EM RATOS ALBINOS

Autores

  • Marlene Raimunda Andreolla Perazzoli Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • César Milton Baratto Universidade do Oeste de Santa Catarina Núcleo de Biotecnologia
  • Evelyn Winter-Silva Universidade Federal de Santa Catarina
  • Tânia Beatriz Creczynski-Pasa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Claudriana Locatelli Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

O ácido gálico e seus derivados possuem excelente atividade antioxidante, anti-obesidade, anti-asmática e anti-cancerígena. Desde que a hepatotoxicidade induzida por CCl4 é causada principalmente por seus metabólitos reativos, com o presente estudo, objetivou-se avaliar o efeito hepatoprotetor do ácido gálico (GA) e dodecil galato (DGA) em lesões hepáticas induzidas pelo CCl4 em ratos. Foram utilizados 36 ratos Wistar machos divididos em seis grupos. Os ratos do grupo I (controle) receberam apenas veículos (1 mL/kg de DMSO 1% e azeite (3 mL/kg)), já os ratos dos grupos II, III, IV, V e VI foram tratados com CCl4 (30% em óleo de oliva, 3 mL/ kg) por via intraperitoneal duas vezes por semana durante quatro semanas. O GA e o DGA nas doses de 50 e 100 mg/kg foram administrados intragastricamente 30 minutos antes do tratamento com CCl4 aos grupos III, IV, V e VI, respectivamente. O efeito protetor de GA e DGA foi avaliado pela determinação do nível sérico das enzimas hepáticas, bilirrubina total e perfil lipídico, e por meio da investigação das enzimas antioxidantes e do gene p53 (RT-PCR) no tecido hepático. O exame histopatológico do fígado foi também realizado. O GA e o DGA mostraram proteção significativa com redução nos níveis séricos das enzimas ALT e AST e da concentração de bilirrubina total; observou-se também uma redução significativa na peroxidação lipídica hepática e um aumento nos níveis de glutationa. Além disso, verificou-se uma redução nas enzimas antioxidantes hepáticas: catalase, glutationa peroxidase, glutationa-S-transferase e glutationa redutase. Os dados histológicos revelaram uma diminuição na progressão da fibrose hepática nos animais tratados com GA e DGA. Estes resultados indicam que a DGA e GA promovem um aumento da expressão do gene p53, o que induz uma regulação das enzimas antioxidantes, sugerindo um efeito pró-oxidativo do GA e DGA que parece ser seletiva para hepatócitos danificados. Assim, estes resultados sugerem que a GA e DGA tem o potencial para prevenir a fibrose hepática induzida pelotetracloreto de carbono.

Palavras-chaves: Enzimas antioxidantes. Hepatotoxicidade. Gene p53.

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Biografia do Autor

Marlene Raimunda Andreolla Perazzoli, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Mestranda - Núcleo de Biotecnologia, Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, Videira – SC, Brazil

César Milton Baratto, Universidade do Oeste de Santa Catarina Núcleo de Biotecnologia

Professor Doutor do Programa de Mestrado em Ciência e Biotecnologia

Evelyn Winter-Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora da Universidade Federal de Santa Catarina

Tânia Beatriz Creczynski-Pasa, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Doutora da Universidade Federal de Santa Catarina

Claudriana Locatelli, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Professor Doutor do Programa de Mestrado em Ciência e Biotecnologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina

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Publicado

2015-08-13

Como Citar

Andreolla Perazzoli, M. R., Baratto, C. M., Winter-Silva, E., Creczynski-Pasa, T. B., & Locatelli, C. (2015). EFEITO PROTETOR DO ÁCIDO GÁLICO E DODECIL GALATO CONTRA O DANO HEPÁTICO INDUZIDO PELO TETRACLORETO DE CARBONO EM RATOS ALBINOS. Anais eletrônicos Do International Symposium on Science and Biotechnology, 1(1), 63–64. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/ISSB/article/view/7542