Disponíve* em:
http://editora.unoesc.edu.br/i*dex.php/rac*
Race, Joaçaba, v. 13, n. 3, p. 1*7*-1**0, set./dez. 2014
PROG*A*A R*UNI NAS INSTITU*ÇÕES DE
EN*INO SU*ERIOR FEDERAL [IFES]
BRASILEIRAS: UM ESTUDO *A EFICI*NCIA
OPERACIONAL POR MEIO DA ANÁ*I*E
ENVOLTÓ*IA *E DADO* [*EA] NO PERÍODO
D* *006 A 2012
Pr*gram reuni b*azil*a* in federa* higher educa**on
in*titution*: a st*dy of t*e *perati*nal efficiency thro*gh *ata envelop-
men* **alysis [de*] in the period of *006 to 201*
André Junio* de Oliveira
E-mai*: aj*ololiveira507@*mail.com
M*st*e em Cont**ilidad* pe*a Universid*d* *ederal d* Paraná; Professo* n* Fa-
culdad* Salesiana d* Espírito Santo.
En*ere*o para contat*: Av. F*rn*ndo F*rrari, 514, *oi*b*iras, 2907*-910, *itória,
Espíri*o Santo, Brasil.
Lauro Brito de Al*eida
E-mail: gbri*o@*o*.c*m.b*
Dout*r em **ntroladoria e Co*t*bili*ade pela Un*versida** d* São Paulo;Professor
na U*ivers*d*de Federa* *o *ara*á.
Teresa *ristina Ja**s Carnei*o
E-mail: *arneiro.t*resa@*mail.com
D*utora em *iênci*s em Admin**tração pe*o Instituto CO*PEA* d* Administra-
ção na Un*v*rsidad* Federa* *o Rio d* Janeiro; Professora n* Unive**idade Federal
do Espirit* Santo.
Jo*ge Eduardo Scarpin
E-mail: *scarp*n@*mail.com
D*utor em Co*tro*a*ori* e Contabilid*de pela Universidade *e São Paul*; Pro*e*-
sor na *niversidade Federa* do Paraná.
A*ti** recebi*o em 23 *e jane*r* de 20*4. Aceito em 30 de ju*ho d* 2014.
André Juni*r de Oliveira et a*.
R**um*
Institui*o por meio do *ecr*to n. 6.096/200*, o Programa *e Apoio a
Planos
de Reestrutu*aç*o e *xpansão das Universidades F*derai* (Reu*i) teve
como
principal obje*ivo a expan*ão d* educação *uperior. Contudo, uma gama
de
re*ursos pro**nientes do Reuni foram dispon*b**iz*dos para ** Ins*it*i**es Federa*s
de En*ino Supe*ior (IFESs). O p*e*ente es*udo teve como objetivo ve*i*i*ar a
influên*ia do Reuni na ef*c**n*i* *peracional d*s IFESs brasileir*s n* perí*do
de
200* a 2012. For*m utili*adas nas análises dos dados técnicas e**atísticas para *este de
dissimilaridade (*e*te t e dis*ância euc*i*i*na) e Análise Envoltória de Dad*s (DEA).
Por *e*o da técnica de análi*e envol*ó*ia de dados, foi possível i*ent*ficar as IF*Ss
*onsiderad*s eficient*s e não e*i*ie**es a* l*n** dos ano* ana*i**dos, *em
c*m*
clas*ific*-las de acor*o **m a dist*ncia q*e se enc**t*avam da efi*iência ideal ou
máxima. As *niversidades federais avaliadas *oram consideradas operaci*nalmente
eficientes; somente uma *nstit*ição alcançou eficiê*cia máxim* em t*dos os *n*s
ana*isados. Os resultados a**nta*am que o aum*nto dos recur*os provenientes das
novas políticas d* *euni (2008-2012) não *lteraram os resulta*os de e*iciência do
perío*o pré-Reuni (2006-2007), pois as IF*Ss que t*aba*havam com alta eficiên*ia
rela*iva antes d* implantaç*o do R*uni c*ntinu*ram eficientes após o i*ício
do
Programa. Pe*qu*sas futuras p*derão aprofundar as *nálises, inv*stigando a rea*idade
de cada I*ES separadamente.
P**avras-chave: R*uni. Institui*ão federal de ensino s*p*rior. E*i*iência operacional.
A*álise por *nvoltória de dado*.
Pro*r** reuni brazilia* in fed*ral highe* educat*on institutions: a stud* of *h* ope*ational
e*ficiency throug* da*a env*lopment ana*ys*s [dea] *n the per*od *f 2006 to 2012
Ab**ract
Ins**tuted by Decre* N*. 6.096/2007, t*e Su*po** Program to Plans *f *estructuring and
Expans*on of Federa* Universitie* (Reuni) ha* as its main *bj*cti*e the e*pansion of hi*her
ed*cation. However, a ra*ge of *es*urc*s from Reuni *ere ava*labl* t* the Federal *n*ve*s*ties
*f Higher E*ucation (I*ESs). The *resent st*dy aimed to verify the i*fluence of *euni in
t*e operational efficie**y of Brazili*n IFES fr*m 2006 to 2012. Statistical techniqu*s for
dissi*ilari** te*t (test and Eucl*dean di***nce) an* Data Env*lopment Analysis (*EA) we*e
*sed in d*t* an*lyz*s. Thr*u*h the technique of data envelopm*nt analysis, it **s
possible
1180
P*ograma Reun* nas *nstit**ç*es...
to ident*fy the IFE* considered eff*ci*nt and inefficient over th* yea*s analy*ed, and class*fy
them acc**ding to *he dista*ce the* were from the ideal or maximum e*ficie**y. The evalua*ed
fed*r** *n*v*rsit*e* were c*nsidered op*rat*on**ly efficie*t, and only one institution has a*hi*ve*
maximum efficiency in all ye*rs analyzed. *he results showed tha* t*e i*cre*se in funds *ro*
the *e* *olicies of Reu*i (*008-2012) did not alte* the results of the ef*ic*e*cy of Pr*-Reu*i
(2006-200*) *er*o*, because th* I*ES working with hi*h re*****e effic*ency before deploying
*euni, continued effective after the be**nning of th* *r*gram. Fu*ure rese*rc*es w*l* *eepen *h*
analys**, investiga*ing the reality of eac* IFESs sepa**te*y.
*eyw*rds: Reuni. Federal *igher edu*atio* institutio*. *perational *fficiency. D*ta envelop*ent
*na*y*is.
* INTRODUÇÃO
Ent** o* direitos soci*i* *stabel*cido* pel* Consti*uiçã* *e*eral Brasi**ira de
**88 (CF/88), a educação vi*a à prom*çã* do bem-est*r social. A Lei da* Diretrize*
e Bases da Ed*c*çã* (LDB) *e 1996 ga*ante *ue educação é ** d**eito de *odos. A
referida Le* atrib*i ta*to à famíli* quant* a* Es**do a o*rigação com a educaçã*, cuj*
objetivo é o pl*n* des*nvol**mento do es*udant*, *ua pr**aração p*r* o e*e*cício e
sua qualific*ção para o trabal** (B*ASIL, *98*, 199*).
Os *nvestiment*s e* ed*cação *o en***o superi*r no períod* de 2*08 a
2012 foram impulsionados pelo Programa de *poio *os Planos de Reestruturação
* Expansão das Univers*dades Federais (Reuni), *om o obje*ivo principal
de
p*om**er a amp*i*ção do *cesso e * permanê*ci* n* e*ucaç*o superi*r.
En*r* as
me*idas do Reuni dir*cionadas para *etom** o cre**i*ent* *o ensin*
s*perior
*úblico, cabe dest*ca* o au*en*o de v*ga* nos cursos de graduação, a
amplia*ão
d* *f*rta de cursos no*u*nos, a prom**ão de inovações p*dagógicas e * combate
à evasã*, *ujo pro*ós*t* maio* seria d*mi*u*r as des*gualdades sociai* no Bras**. A
imple**ntaç*o dessas me*i*as resul*ou no cresc*mento de, a*ro*imadamen*e, 66%
na of*rta d* v*g*s nos cur*os de gradu*ção p*esencial das Instituições Fe*erais de
Ens*no *upe*ior (*FESs) e de 9*% no orç*ment* das IFESs no período de 2008 a
2012 (B*A*IL, 2012).
As IFE*s, responsáveis d*retas **la ex*cução do Reuni, s*o ag*ntes e**enciais
para o des*nvo*viment* *conômico do *aís, por ser*m componentes *o *istema
de en*ino *u**rior. No c*ntexto de entes pú*licos, a ges*ão de*e s*r or*entada
pelos *rin**pio* de eficiência e *roduti*idad* no uso *o* *ecursos colocados à sua
disposição pelo po*er públic*. As IFESs *evem *er avalia*a* pel* capacida*e
de
118*
An*ré Ju**or d* Oliveira et *l.
ate*di**nto às *e*andas e ex*gê*cias dos usuários de seus serviços. Por fim, dev**
s*r capazes *e *espo*der aos anseios da s*ciedade, cont*ibui*d* par* *m* formação
técni**-ci*ntífica d* *u*li*a*e dos egr*sso*, c*ndi*ente *om o mund* de tra*alho
contemporâneo, v*sando à constr*ção de um* sociedade ma*s democrá*ica, just*,
inclus**a e solidária (MA*INH*, 1999; BORGE*; ARAÚJO, 2000).
Anal*sar os gasto* públi**s é fundamental para avaliar o esforço do Estado
no aten**ment* às d*man*as da população e na melhoria *os ser*iços
públicos
prestados à populaçã* por *ei* de s*rvi*os básic*s e secundários. E* *rinc***o, o
Gove*no deveria at**de* às expectat*vas da popul*ção, ofertando s*rviços financi*dos
por rec*rsos *riundos da arr*cadação d*s im*ostos. Enten*er e avalia* a forma como
o ge*tor apli*a es*es recursos é de extr*ma rele*ân**a, p*is a com*os*ção dos gasto*
do g*verno deve ser cons**erada na determinaç*o d* crescimento da economi* no
lon*o prazo. U* si*tema de avalia*ão *xterna do ensino de graduação ve* sendo
*rat*c*do de **rma gr*d*ti*a, porém, sem i**icadores que evidenc*em *orrelação
com os recu*s*s financeiros dispon**i*i*ados para ** IFESs. *or outro lado, o*
re*ultados *o tradicio*al si*tema de avaliação dos programas de pós-graduação,
impla*ta*os há *uase d*a* décadas, *êm *mplicações diret*s no fin**ciamento
comple*e*tar de*ses programa* e na distri*uição *e bolsas *e estudo aos estud*nte*
(D*VA*AJAN; SWAROO*; Z*U, 1996; KN*LLER; BLEANEY; GEMMLI,
1*99; VELLOSO, 2000; CASTRO e* al., *003; *AS*RO; CARDOSO *ÚNIOR,
200*).
Para *ue a oferta dos serviç*s pú*licos seja efetiva * as *arências *a p*pulação
supridas é precis* que ha*a constantes desembolsos no setor *úblico, justif*c*do*
por uma correspo*dê*cia desse* in*estimentos co* os re**l**dos esperados. De
um lado, a po*ulação pressio*a por aumentos sucessivos no or*am*nto públ*co, de
forma que seus interesses s*jam ate*did*s, do out**, os g*vernant*s *ostram-*e
c*ute*osos, consi*erando *u* é p*eci*o atender às peti*ões, o que pode re*resentar
melhor aceitaçã* d* sua *estão. P*rém, * aten*imento à* demanda* i*plicaria
sérios problemas no si*te*a *ina*ceiro público, n*cessidade de *ai*r *rr*cad*ção
** tr*butos, inv*abi*izando a reinvindi*ação da população e orig**ando uma r*ação
cíclica. A*sim, * **eciso qu* ha*a maior fiscalizaç*o e moni*oramento e* rel*ção *os
*astos p*blic*s, visando à eficiê*cia da aplicação des*es (RAJK*MAR; SW*ROOP,
2008; ABBOT; JONES, *011).
De acordo com Macedo e Beu*en (2012), o a*mento nos gastos p*blicos
em edu*açã*, nat*ral*ente, susci** questionamen*os relacionados à utili*ação dos
re**rso*, no tocan*e ao aument* no *otal do* gastos *úblicos. A ênfase tem *ido
1182
Progra*a Reun* n** in*tit*içõe*...
*obre as atividad*s de**mpenhadas pelo Estado, na qualidade d*s serviços prestad*s
e na presta*ão de conta* dos gestores *ú*licos qua*to à a**cação *e*ses re*ursos.
Os gestores lidam *o* d****sos t*pos de pressões, com* a press*o d* sociedade
pela exp*nsão * p*la diversificação da ofe*ta, *u pela me*ho* *ual*dade e eficiência
do ens*no e p*l* pressão fiscal exerc*da pel* Gove*no, em um ambi*n*e p**ític*-
adm*nistrativo que não tem conhecimento e*ato d* custo da expa*são do *nsino
superio* *úb*ico.
O desempen*o das IFESs tem s*do objeto de atenção cresce*te no* *ltimos
anos. Por meio do Reuni *o*am i*vesti*os R$ 3,5 bilhões e contrat*dos quase *0 mil
novos profess**es e técnic*s administrativos. As universidades *oram estimuladas
a elabor*r seus planos de expansã* e restruturação, imple*entar *stratégias
q*e
*o***bil*tas*em incor*orar mais alunos, aumentar o seu atendimento por m*io
*e cursos noturnos e aum*nt*r a utilização do espaço físi** já disp****e*. Em
con*r*par*ida, o Ministé**o da Educa*ão (MEC) a*toriza*ia * contratação d* mais
professores, mais t*cnico* ad*inistrativos e m*is recur*o* para i*vestimento e
cu*teio, em especial, para investimentos (*ERNA*DES; S*LVA, 20*9; CO*TA;
RAMOS; SOU*A, 2010; BR*SI*, 2012).
Diante de tal co*texto, essa investigação * ori**tada pela qu*stã* de pe*qu*s*:
Q*al a *n*luência do Re*ni na eficiên**a prod*tiv* *as Institui*ões Feder*is de
Ensino Sup*rior (IF*Ss), tra*uzida pelo seguinte objeti*o ** presente *studo *ue
consi*te em *n*estigar a influência do Reun* na ***ciência produtiva d*s Instituições
Fede*a*s de Ensi*o Super*or (IFE*s) **as*leiras n* períod* de 2006 a 2012.
*stud** *s gasto* públicos em educaç*o é de gra*de importância *ara
es*i**lar a reflexão so*re o em*r*go e o manuseio d*s recur*os invest*dos, pois a
alocaçã* desses gastos pode ser resp*nsável pela desigualdade s*cial, caso os rec*rsos
se*am aloc*dos *e forma despro*orci*n*l (MENEZE*-FILHO, 2007; FRANCO,
200*; G*OACCHI*O; SAB*NI, *009; MACÊDO; BEURE*, 2012).
2 REFERENCIAL *EÓRIC*
2.1 TEORI* DA *RODUÇÃO
De acordo com R*ani (1998), * teor*a *a produç*o é um r*mo d* teoria
microeconômic* q*e a*alisa a fo*ma pe*a qual *s organizações podem com*in*r seus
fator*s *e pro*ução co* o o*jet*vo de maximizar seu *ível de produção. O *bjetivo
de max*mização da produ*ão deve ser ana*i*ado de forma dif*renciada qu*ndo *e
1183
Andr* Juni** de Oliveira et al.
tratar d* períodos d* tempo ** curt* ou longo prazo. * teoria da prod*ção busca
explicar a geração de be*s e serviços ofe*tados à sociedade.
Em microeconomia, produção * *m pr**esso que consome insum*s p**a
cri*r produtos. Os produtos (tangíveis ou intangíveis) são destinados ao c*mé*c*o
ou *o consumo. Por o*t*o lado, Abr*u (19*5) afirma que a produção é um fluxo
m*nsurável por meio de um rateio *or uni*a*e *e tempo, sen*o c*mum distinguir
ent*e a produção ** bens
de c*n*umo, bens de *nves**mento, bens públicos
*u *ens privados. Mais especi*ica*ente, pode-se afirmar que um* funç*o
de
pro*ução ex*ressa a relação entre os insumos (inputs) e os produtos (outputs) de
uma or*anização. Sendo uma *eprese*ta*ão grá*i** ou *ate*ática das combinações
de entrada* corr*spondente* a de*er*i*adas saídas, sua função é most*ar a *a*or
*uant**ad* possível de o*tput* *ue pode* ser prod*zi*os por *nidade de tempo,
com tod*s ** combinações de i*put*, inerentes *o processo e ao estado da t*cn*lo*ia
disponível. A medida *e eficiên*ia deriva d* conceito de função de produção *ue
de*onstr* a re*ação existen** entre a q*ant*dade física de *atores de produ*ão
ou
insumos * a máxim* quantid**e física d* bens e serviços prod*zido*, vi*a*do, as*im,
*o método de produç*o mais e**cien*e (PINDI**; RUBINFELD, 2006).
* te*ria *co*ômic* for*ece *ressupos*os q*e conduzem à an*lis* da
especifica*ão *e uma função de p*odução, po*ém, a função ad*r*nte ao escopo d*ste
trabalho é a fun*ão de p*odução educaci*nal, pois o processo p**dutivo *a ind**tria
da edu*ação *em s*as pec*liaridade*, ent*eta*to, os pressupostos d* d*fin*ção ** uma
f*nç*o de *rodução po*em s*r util**ados n* presente es*udo. A f*nção *e **odução
da educaç**, *m pri*cípio, é se**lhante a qu*lquer outro tipo de *roduç*o,
n*
e*tanto, é *r**iso espec*ficar a fo*ma pela qua* os inputs influenciam os out*uts ou,
*m termos e**nômic*s, é *reciso conhecer a f*rmul* da fu*ção de produç*o
d*
educação (TODD; WOL*IN, 2003; COSTA; RAMO*; *OUZA, 2010).
O estudo q*e inicio* o inte*esse em fu*ções de produçã* da educação foi
**blicado em 196*, real*z**o pe*o *o**ólo*o Ja*** S. Coleman, sendo o *ndutor de
uma grande qua**idade de estudo* que obtivera* sucesso, a*mentan*o o número
de *conomistas envolvidos. O* resultados d**ses estudos foram inco*sistentes acerca
do impa*to d** recurs*s escolares no desem*enho do aluno. A questão g*ral gira em
torn* do d*bate se * aumento de fund*s **ra as instit*ições de ensino resul*ará em
um desempenho melhor dos discentes (LUZ, 200*).
D* acordo com Albe*naz, Ferreira * *r*nc* (2002), * *unção de produção
edu*ac*onal é o nome atribuído pel*s eco*omistas à re*ação ex*s*ente entre
uma
série de insumo* ao *rocesso educ*ci*n*l e o seu pr*duto. A genera**zação ** f*nção
de produ*ão educacional é concedi*a *ela *eguin** equação:
1184
Programa Reuni na* ins*ituiç*es...
f = (y, * /s) = 0
(1)
Na **u*ção 1, o vetor de outputs educacionais p*d* ser repre*entad* p*r: y
= y1, y2, y*...y*; o vetor de *nputs educa*ionais co*o x= X1, x2, x3...*n; e o vetor de inputs
nã* edu****onais po* s = s1, s2, s3...sn. A f*nçã* de *rodução educacional *ode se*
*epresentada pela seguinte e*uação:
yi = a1+g=1big
yg
+ h=1cih **+ j=1dij s*+ei
(2)
na q**l *1 * o intercepto; *ig, cih ed*j sã sã* o* co*f*cientes * *erem estimados,
* ei * o erro es*ocástico.
Costa, Ramos e Souza (*010) *estac*m *ue * função de produç*o
*ducaciona* tem algumas d**erença* quando c***arada a outro* t**os d* *unç*o
de produção. Ao s* ob*ervar a sua e*trutura e cará*er, é possível identificar **e o
proc*s*o pr*du*ivo é bastante distinto e os i*sumos e os produtos são caracter*z*dos
diret*mente para *sse tipo de fun*ão. A posição * * argumentação d*s autores
são ali*ha*as às *firmações de Farrell (1957). Par* o *utor, é um erro considerar
apenas a prod*tivid*de dos fatores *e **odução como um* me*ida de **i*iência;
ne*se senti*o, o ato de me*surar a **ici*n*ia deve incor*ora* um *onjunto
de
possibi**dades de produção *ue maximizem a re*ação de outpu* e input.
*.2 T*ORIA DOS BEN* PÚBL*COS E EXTERNALID*DE*
É possível notar a influênci* que as i*tervenções do Governo exercem no
cotidiano d*s i*di*íduos, pelo que é oferecido por meio dos serv*ços públic*s ou
pel* *ue énretirado por meio da t*ib*tação. As ações *o *stad* sã* material*zadas
n *
em decisões c*j* finalida** cons*ste em guia*, corrigir e *o*pleme*tar * sistema de
merca*o, resolven*o as falhas e*ist*ntes, como a existência de bens públicos, a *alh*
de competição (monopólio natural), as externa*idades, o d*s*mprego e * i*flação
(F*RINA; AZEVEDO; *AES, 1997; SC**PIN, 2006).
* i*terv*nção governa*ental na econ*mia pelo *ngulo das despesas
pública* ocorre por três vi*s: po* me*o do bem público prop*iament* di*o, b*ns
*úblicos produtores de exter*a*id*des posi*ivas e os bens de mérito *ue p*dem *e*
definidos co*o a*ueles es*ecialm**te desej*v*is. Nessa abo*dagem, há uma visão
do E**ado paterna*ista na qual é f*nção d* Gov*rno promover os bens de mér*t*
1185
A*dré *unior de Olive*ra e* al.
para deses*imula* * con*u** *e pro*uto* p*ejud*ciais, por exemplo, * tabac*
(WONNACOTT; WONNACOTT, 1994; SCARPIN, 2006).
Salv*tore (*98*) argumenta que a *xterna*idade é *ma d*ve*gência entre os
cust*s priv*dos e os custos sociais ou entre lucros p*ivados e lucros sociais, ou entr*
bene**cios privados e sociais. Para Va*ian (1997), uma característica fundamental da
extern*lidade é a exis*ência *e be*s com ** qu*is a* *essoas s* importam *ue não são
vendidos nos mercados e para os quais não são atr*buídos preço*.
*s ext*rnalidades oc*rrem quando as ações de alguns age*tes in**rferem
no b*m-est*r dos d**ais a*entes sem que haja a *evida incorp*ração dos benefícios
ou dos cu***s criados po* *arte dos responsáveis por *s*as açõ*s. Na mesm* li*ha
de entendimento, para *indyck e Rubinfeld (2004), as extern*lidades s*o açõ** de
um produtor o* consumidor que afetam outros pr*dutores e o*tros consumidores,
*ão contemplada* pe** mercado e tamp*uco consideradas no p*eço de
*erca*o.
No en*anto, pode-se afirmar a ex*s*ência de externalida*es quando a atuação de
determi*ad* agente infl*encia o *em-estar ou o lucro de *ut** agente ec*nô*ico,
sempre *ue ess* interdependência for obt*d* po* meio d* si*tema de preç*s. As
externalidad** tam*é* podem ser c*ama*as de efeito* sobre o exterior, quan*o as
*tividades en*olvem * i*posição involuntári* de c*stos ou benefícios. Nesse caso,
*á efe*to* positiv*s ou negativ*s sobre tercei*os *em q*e estes ten*am *o*diçõ*s de
impedir tais efeitos, sej* a o*rig*ção d* p*gar ou o *ireito a ind*nizações (*CARPIN,
2*0*; SALVATORE, **84).
De acordo co* Farina, Azevedo e Sa*s (1997), as ex*ern**idades positivas
podem s*r caract**izadas pe*a *ra*sforma*ã* efe*iva dos investi*entos públicos
em fornecimento e aloc*ção *orreta dos recursos re***rid*s pel* sociedade,
repr*s*nt*ndo as economias nos custos produtivos e os be*e*ícios para os agentes
que as *sufruem, pod*ndo s*r ch*madas também de benefíci*s exte*nos. O*
reflexo* das ex*ernalidad*s po**tiva* podem i*d*zi* a *m subi*vest*ment*. Nessa
situação, caso o p**blema *s*eja ligado à i*possibi*idade de apr*priação pr*vada do
retorno dos invest*mentos *eal*zados, se*ão cri*do* mecanism*s de controle, co*o
os institutos gover*amen*ais de p*squisa (KON, 1997).
*on (1997) afirma ainda que a* extern**idad*s ne*ativas ou deseco**mias
se associam a prejuízos, au*entos *o* custos ou desvantagens, **dendo ser
cha*adas de custos externos. Como exemplo, pode-s* citar que a* *xternalidade*
ne**tivas podem ocor*er quando o flu*o *e s*rv**os *irec*ona*os a* meio am*ient*
* prejudic*d* ou *iminuído pelo* da*os a *le causados, e *ara que este volte a exist*r
será neces*ário i*jeção de mai* r*cursos, * que aumenta assim *s *ustos totais que
118*
P*ograma *euni nas i*stituiçõ*s...
ser** acr*sc*nta*o* *ediante os custos *orretivos e de con*role das açõe*. Contud*,
o governo p**erá criar subsídios ou res*riçõ*s par* imped*r tal *rejuízo social,
com*, p*r exemplo, a re**lação do us* de *erras e recur*os m*n*rai* */ou a pr*teção
ambiental.
Scarpin (2006) ar*umenta que, no *ue se r*f*r* às externalida*es, m**s
e*peficamente às políticas públi*as, estas podem se* divididas em po**tica d*
regulament*çã* e políticas co* base *o merca*o. Nas políticas d* re*ulamentação,
o *over** pod* solucio*ar uma ext*rnal**ade, *ornando certos *omportamento*
*omo exigid*s ou proibidos. Como políticas *asead*s n* merc*do, o Govern*
pod*rá trabalha* com imposto* e incentivos priv*dos, por m*io da t*ib**ação
das
ativida*es **e ger*m externalida**s negativas e *ubsidiando aquelas q*e gera*
externa*idades posi*ivas.
De ac*rdo com o a*tor, uma das e*tern*li*ades *ais com*ns s** os g*s*os
*ireciona*os a* financiamen*o da educação no Brasil. Pode-se afirmar qu* deve* ser
consideradas a situação s*cio***nômica e algu*as formas específicas da arrecadação
tributária realizad*s, visto que a* prin*ipai* f*nt*s de recursos p*ra o financ*ament*
*a educ*ção no *rasi* são provenientes da arrec*daçã* de impos**s. Assim, as
externalid*des p*sitivas da *du*ação relacionam-se co* a comunidade, *elo *ato
d* a educação contri*u*r para a obtenção de me*hore* índices de p*odutividade,
**ovação tecnológica, cidad**ia, p*pulação ma*s cu*ta, reduç*o da pobrez*, da
desigualda*e *ocial e *a v*olência.
2.3 GAS*OS P*BL*C*S E* EDUCAÇÃO
D* acordo co* Fe*nan*es e Si*va (*0*9), as normas clássicas da programação
*rç**ent*r*a do setor públic* orientam * distri*uição de verbas públicas para as IFESs,
que, po* sua vez, devem obser*ar os paradigmas c*ássicos de *m* boa *r*amentação.
Port**to, n*ce*sit* de um modelo d*str*butivo **e promo** a *fetividade e a
eficiência organizacionais, a visibi**dade socia* e o co*trole g*vernamental d* cada
inst*tu*ção **alisada *soladam**te ou em conjunto, tendo como p*incipais aspecto*
as normas de equilíb*io - q*e *stabele*em um teto orçamentário, de for** a *nibir
*a ori**m os exces*os de *astos, evitando * **st*lação d* co*flito* - possibilitan*o
às u**dades ge*toras informa*ões **évi*s *obr* o nível de razoabilidade dos pedi*os.
D* ac*rd* com Mar**h* (*9*9), as normas de con*role e conhecime*t*
**e*o *êm por a*ribuiç*o recomendar a elab*ração do orça*en*o por meio
das
unidades de dispên*io, visando assegura* o máximo de tran*p*rê*cia, podendo-
1*87
André Junior de *liveira et a*.
se ded*zir, em pri**ípio, uma recom*n*ação *o se*tido da des**n*ralização
e *utonomia; a* nor*a* de *restação ** contas *isam ass*gu*ar a adoção de
*omporta*ent*s so*idários *om o contexto organizaci*nal, e, por úl*imo, as normas
*e f*exibil*dade têm a fina*idade *e reco*en*ar *ue som*nte revi**es incre*entais
seja* realizadas, tornando vi*ív*is os dis*êndio* efeti*os e *erando pr*vis*bilidade
a*s co*port*m*nto* d** ag*ntes.
*e**ndo *maral (200*) * Co*bucci e Marques (2003), *l*m das fon**s
oriu*das do* *ecursos da União, out*as fontes d* recursos p*ra o financiame*to
d** IFESs advêm de recursos próprios ar*ec**ados decorrent*s da co*erciali*ação
de bens, *e contratos, de convênios, ** c*nsultori*, de projetos d* cooperação co*
entid*des públicas e priva*as, de cu*s*s de *xtensão e especializaç*o e d* real*zação
de *oncu*sos *úbli*os. Assim, os recur*os próprios re*rese*tam uma alter*a*iva *e
complement*çã* à insuficiênci* dos re**r**s advindos do Gover*o federal, visando
*m mai*r des*nvolvimento das unive*sida*es e a manutenção das su*s atividades.
Dea*o*docomCorb*cci(*007),os*rob*emasrel*cionados*ofinanciamento
d* educação no Brasil estã* liga*os à sua distribu*ção - o fato de que o mon*ante
aplica*o *a educa*ão bá*ica é ins*ficie*te se compara*o a outr*s países * o gasto
com a educa*ão su*erior * excessivo. Se ana*isados os disp**dios educacionai* de
nações integrantes *a Org*niz*ção para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), é possível *bserva* que ness*s *aíses a proporção entre * de*pesa co* a
educa*ão bás*c* e a educ**ão superior é *e 1 para 3, e*q*anto no B*asil essa rela*ão
é de 1 para 14 (ALMEIDA, **01).
*s r*cursos da Uniã* *estinados às i*stitui*ões *e ensin* superior fazem
parte do F*ndo *úbli*o *eder*l *u s*o
advindos de co*vênios celebrados com
a
S**re*aria de Ed*cação *upe*ior (Sesu) e com a *oorde*ação de *per*eiço*mento
de Pes*oa* de Nível S*pe*ior (Cape*), órgãos d* Minis*éri* da Educação (*EC),
c*ntan*o *inda com apoios do Conselho nac*onal de Desenvolvime*to C*entífico
e Tec*ológico (CNPq) e Agência Bra*il*ira de Inovação (Finep), *inculados ao
Minis*ério da Ciência e T*c*ologia (MCT) (FE*NA*DES; SILVA, 200*).
Ab*ahão (2005) arg*m*nt* que * e**ru*ura de f*nanc*amento da educação
é profunda*en*e baseada *a v*nculação
de impost** *e**lhid*s * socied*de, *ma
das *edid*s políticas m**s i*po**an*espara garan*ir a d*sp*nibil*dade de recursos
par* o cumprim*nto das respon*abilidades do Gov*rno. A gar*nti* da
e*ucação
como um direito está diretamen*e ligada ao financiamento por pa*te do *o*er
público. H*storic*mente, * educ*ção brasil**ra tem vinculação de r*cursos soment*
em perío*os ditos democráti*os, nos anos 1934-1937, 1946-196*, 1983, 198* a*é *
1188
Progr*ma R*uni n*s instituiç*es...
presen*e, * a desvinculação d* recursos aco*teceu *m períodos dito* autor*tá*i*s,
n*s an** 1**7-1945 e 1964-198*, o que pode ter co*promet*do a gara*t** do direito
e da gratuidad* da educação.
Na década de *990, um* mu*ança de marco legal transformou
profundamente o setor de *n*ino super*or, e *ntr* as vár*a* in*vações, *m 1996,
houve a implement*ção *a Lei ** Diretrize* e Bas*s da *duc*ção (LDB) que def*niu
significativa* m*danças para o financiament* do ensino su*erior pú*l**o e pri*ado.
A *DB assegurou ao ens*no su**rior aut***mia às unive*sid*des de forma *ue
estas pudessem d*senvolver e aplicar seu p*óprio orçamento, re*v*liar operações
de crédit*, receber doaçõe*, hera*ças, *egados * obter cooperaç*o financeira
de
parceiras **n*o *o*o instituiç*es pú***cas o* privada*. Como um* das pr*ncip*is
in*c*ati*as, a *DB determinou que a união encaminh**se ao congresso nacional
* *lano Nacional de Educação (PNE) contendo as diretrizes e as m*t*s pa*a os
10 anos seguintes, em conso*ância com a d*clar*ção mu*di** sobre e*ucação p*ra
t*dos (*OSTA; BARBO*A; G*TO, 2010).
Em 2001, **i sancionada a L*i n. 10.172, que estabeleceu o Plano *acional
d* Educação (PNE). Esse plan* assu*i* **sponsabilidades f*nanceir*s que não
*ondiziam *om * realiza*e do P*ís na época de su* promulgação. Os investi*entos
*o produ*o i*te*no bru*o (PIB) *m educ*ção eram da ordem *e 4%, porém, pa*a
*e alcançar as metas ** PNE seriam necessários investiment** da o*dem de 10% do
*IB, * *ue certament* seria d* *ifícil alcance. Essas part*c**aridades *izeram co*
que fosse n*c*ssário um estudo mais aprofundado vis*ndo uma reconfiguração
d* ensi*o superi** *o Bra*il, embasando-se em um novo doc*mento, * Plano de
Desenvolvimento da Educaç*o (PDE) (PINTO, 2002).
O PDE e*tá orden**o de acordo com a lógi*a do arranj* ed*cativo, podendo
ser local, regional ou n*c**nal. Os 40 *rogram*s **e o c*mpõe são cl*ssif*cados
de acordo com quatro ei*os refer*nc**is: *ducaç*o básica, superior, profissio*al e
alfabe**za*ão. O PDE v*sou atender co* quali*ad* às demand*s *e expansã* e *o*
políticas *irecionadas para aten**r às *arências existentes at* en*ão.
Os progr**a* do P** c*mpre*nde* ações *o*tadas à expansão do ens*no
superio* não *o*ente para * inic*ativa públi*a, mas tamb*m à iniciati*a p*ivada.
Foram criados dois pr*gramas: o **ndo de Financi*m*nto Estudantil (Fies) e o
*rograma **iversidade par* Todos (Prouni). Em 2005, a Educação a Di*tância
(Ea*) foi re**lamenta*a e em 20*6, a Un*v**sidade Aberta do *rasi* (UAB) *oi
i*stituída, vo*t*d* ao desenvolviment* do ens**o *uperior a distância, visando
expandir e interioriz*r a oferta d* cur*os e programas d* e*sin* *up*r*or pel* País.
1189
André Junior de O*iveira et al.
Em 2007, foram insti*uídos *s institu*o* *e*er*i* d* educação, ciência e tecn**ogi*,
cujo o*jetivo c*nsistiu em *stabel*cer di*etrizes para a *xpansão da educação supe*ior
no Br*sil. No *esmo ano, surgiu o P*ograma de Apo*o a Pla*o* de Ree*tru***ação
e Expansã* das Univers*dades Fede*ais (Reuni), em reconhe*imento a* papel
es*ratégico das univ*rsidades federais para * des*nvolvimento *conô*ico e soci*l
(B*RB*SA; *OSTA; GOTO, 2010).
2.4 REUNI
O Reu*i é uma a*ão integra*te do PDE, *riado pelo D*creto n. 6.096/*007,
em razão do reconhe*imento estraté*ico d*s universi*ades para o de*envol*imen*o
econômic* * socia*. Com o Reuni, *ma série *e m**idas fo*am tomad*s, a fim
de r*tomar o crescim**to do ensino superio* *úblico, criando um programa
que
m*smo s*ndo mul*idimens*onal é v*lt**o aos i*teresses aca*ê*ic*s, p**íticos e
estratégico*. A e*pansão d* Rede Fed*ral de Edu*ação Supe*ior teve início em 2003,
com a interiorizaç*o dos cam** das universidade* fe*erais. O núm*ro de mun*cípios
*tend*dos pelas unive*sid**es cr*sce* 10*,8% no p**íodo de 2003 a 2011, pas**ndo
de 114 para 237 muni*ípios. For*m con**bili*adas de**e o i*ício da expansão 14
novas u**versidades, repr*sen*and* um a*mento de 31%, de 45 para 59 instituiçõe*
no período ** 2003 a 2010 (B*ASIL, 2**2).
U* do* **iores desa*ios *a educação é a melho*i* da qualidade dos sis**mas
*e edu**ção. Co*sidera*d* que qualidade pode ser equi**len*e à excelência e pode
variar de acor** co* os *ntere*sado*, e*te **njunto de *çõ*s es*á rela*io*ado com
a s*t*sfaçã* dos i*teressados e o **ingiment* de objetiv*s de forma m*is eficiente
(*STRADA, *999).
Ao longo do *éc*lo X*, o processo de trabalho * as técnicas **ministrativa*
**ssaram por signifi*ativas t*ansformações, **mbém perc*b*d*s *o ensin* s*perior.
*s *FESs e *s sis*emas de ensino vêm *nfr**tado p*essões relac*onadas ao aumento do
número de *lunos, às exigências con*ta*tes de prestação de c*ntas, à re**nsid**ação
do papel *ocial e ec*nôm*co e à si*plicações/im*act* de no**s *ecnolog*as. E*sas
m*danças não som*nte alteraram os fins da orga*iza*ão do *nsino s*perior, como
tam*ém trouxe*am pre*cupações c*m os padrõe* *e q*a*idad*, diante do *u*ent*
expr*ssivo da* r*laçõe* eco*ômicas e dos avanços te*nológic*s (TIRONI et al.,
1991; S*M, 2002).
Est*a*a (1999) propõe um m**elo *e av*liação da q*ali*ade da* IFESs, que
consid*ra a qualidade em um enfoque sis*êmico das institu*ções, compreendendo
1190
Programa Reuni nas inst*tuiç*es...
cara*terísticas d*s i*sumos, dos processo*, dos re*ultados e dos produtos
**ucac*onais. As caract*rísticas dos p*o*utos es*ariam relacionad*s ao *mprego dos
egress*s - profi*sionais no mercado de trabalho. As c*racterístic** *os result*dos
*ão o produto *a formação desse pro*i**ional. A* carac**rística* do proces*o são
** asp*ctos orga*iz**ionais, administrati*os e p*dagógicos e as caract*rística*
dos
ins*mos *ão os recursos dispo**ve*s, podendo ser humanos e materiais. Contudo,
pode se afirmar que a av*liação pronun*ia conceitos como efic*ência, qual*dade,
desempenh* e pr*st*ção de conta*, sendo centrada em instrumentos cujo objetivo *
buscar a homogeneização e a padron**ação de critér**s, a q**nt*ficaçã* e a mensuração
de "*ro*utos **ad*micos" (CATA*I; OLIVEI**; DOUR*DO, 2*0*).
3 *ETO*OL*GIA
3.1 *OP*L*ÇÃO E A*OSTRA
O universo da pesquisa comp*eende as 59 u*iversi*ades federa*s brasile*ras em
funcionamento no ano 2*12. * seleção das IF*Ss o*orr*u *el* *acilida*e d* acesso ao*
dados n*cessári*s ao estudo, re*erentes *o períod* d* 2006 a 2012. Fo*am eliminadas
n*ve ins**tuições cr*adas ou *ransformadas em universi*a*e* federa*s após 200*,
permanecendo 50 IF**s n* amost*a. O* d*dos foram extraí*os *os rel**ório* de *estão
d*s IFESs disp*nib**izados no portal d* Tribunal de C*ntas *a Un**o (TCU). Por
mei* de pesqu*s* no* relatór*os *e *estão d* cada IFE*, foram o*tid*s os ind*cadores
operacionais já calcula*os q*e foram uti*izad*s n* a*álise. A* i*fo*maçõ*s refe*entes aos
anos 2006 a 2012 foram divididas em dois períodos c*r*cteri*ados com* Pré-Reuni (20*6
a 2007) e *euni (2008 a 2012). A relação das I**Ss pesq*isadas *onstam no Q***r* 1:
Quadr* 1 - Amostra da* IFESs *esquisadas
Un*versidad* de Brasília (UnB)
Funda*ão Univer*i*ade Federal da Grande Dou*ados (UFGD)
U*iver*idade Federal da Bahia (UF*A)
Fun*açã* Un*versidade Federal Ciências da Saúde de Po*to Alegr* (*FC*PA)
Universidade *edera* da Paraíba (*FPB)
Fu*d*ção Universidade F*dera* de Rondô*ia (UN*R)
Un*versidade Fed**al d* Al*goa* (UFAL)
F*ndaç*o U*ive*sida*e Federal do Tocantin* (*FT)
Universidade Fede*al de C*mpin* Gran- de (UFC*)
*niversi*ade *e**ral d* Alfenas (U*I*A*-*G)
Univ*rsid**e Fe*era* de Goiás (UFG)
Univ*rsidade F*deral d* I*ajubá (U*IFE*)
Univers*d*de Federal d* *uiz de For* (U*JF)
*niv*rsidade Federal de Lavras (UF*A)
*19*
An*ré Jun*or de Oli*eir* et al.
Universida*e Federa* de Mato G*osso (UFMT)
Uni*ersi*ad* Federal de Ouro P*eto (UFOP)
Universi**de F*deral de Mato Grosso do Sul (U*MS)
**iver*idade Federal de Roraima (*FRR)
**iversidade Feder*l de Minas Gerais (*FMG)
Universid*de Federal *e São C*rlos (U**CAR)
Unive*sidade Federal *e Pe*otas (UFPE*)
Uni**rsi**de Federal de Viço*a (UFV)
Un*ver*idade Fe*eral d* P*rnambu** (**PE)
Universida*e Federa* do Ac*e (*FAC)
Uni**rsida*e Federa* de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Fede*al do Am*pá (U*IF**)
U*iversidade Federa* d* Santa Maria (UFSM)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Unive*sida*e *e*eral de **o *aulo (UNI*ES*)
Un*v*r*idade Fede*al dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Univ*rsidad* F*deral de Sergipe (UFS)
Uni*ersidade Fed*ral **r*l da Amazôn*a (UF*A)
Universida** Fede*a* de Uberlândia (UF*)
*n*v*rsid*de Federal Rural d* Perna*buco (UFRPE)
Un*ver*idade Fe*eral do *mazonas (UF*M)
Unive*sidade F*deral Rural do Rio de Janeiro (U*RRJ)
U*iversidade F*d**al do C*ará (UFC)
Universi*ade Tecnolog*ca Federal do Paraná (UTFP*)
Uni*ersidade Federa* do E*pí*ito Sant* (UFES)
Univ.edera* do Estado *o R*o De *aneiro (UN*RI*)
Un*versidade Federal do M*ran*ão (UF*A)
Unive*s*dade Federal do Pará (UFPA)
U*iversid*de *eder*l *o Paraná (UFPR)
Un*versidad* Federal do Pia*í (UFP*)
Universidade Feder*l do Rio Grande (*URG)
Univers*dade Fe*eral do Rio Grand* do Nort* (UFRN)
*niversi*ad* Fede*al do Rio De Ja***ro (UFRJ)
Univ*rsida*e Feder*l do Triâng*lo Mi- neiro (UFTM)
Univ*rsid*de Fe**ral Flumi*ense (*FF)
Fonte: os autores.
1192
*rog*ama Reuni *a* insti*uiç*e*...
3.2 *ARIÁV*IS DA PESQUISA
Fo*a* utilizados como v*riáve*s de input e output na pes*uis* os indica*ores d*
eficiê*cia do Trib*nal de Con*as da Uniã* (TCU), órgão res*onsável pela verificação
d* prestaç*o d* contas dos ór*ãos públicos f*derais, incluindo as instituições de ensino
sup*rior. Conforme afirmam Oli*eira e Turrioni (2006), os in*icadores de eficiência
d* TCU ainda não r*t*atam o real d*s**penho e as necessidad*s das ins*ituições
de ensi*o *upe**or, mas sã*, no p*esente, a* melhores ferramen*as disponíve*s p*ra
a**lis* d* d*s***enho e da efic**ncia d*s*as IFESs. O TCU u*iliza n*ve in*icadores
q*e *nt**r*m o relató*io de gest*o *a* IFES* por f*rç* da Dec*são n. 40*/2002/**U.
De *cordo com Costa, Ra**s * So**a (2010), os out*ut* edu**ci**ais
são
definid*s com base nos *e*ul*ados *os *erv*ços prestados p*las I*ESs e o* i*p*ts
*ducacionai*, com base nos recursos que via*ili*am os serviços *fere*idos pelas IFESs.
Para este estud*, foram *efinida* as *eguintes variáveis co*o i*puts e outputs, confo*me
o Quadro 2:
Q*adro 2 - Inputs e outputs
*ndicad*r
*lassificação
Custo *orrente com h*s*ital *niversitário / *luno eq**vale*te
*usto corr*nt* sem h*s*ita* un*versitário / alu*o *qu**alente
A**no t**po integral / pr*fessor e*ui**lente
A*uno te*po int*gral / funcionário equivalente com hospital universitário
*lu*o te*** integ*al / funcionário equ*v**ente *e* h*spital *niv*rsitári*
Grau de participação est*d*n*il (*PE)
Grau de e*volvimento discente **m pó*-g*adua*ão (GE*G)
Índic* de qua*ificação do corpo docente (*Q*D)
Taxa d* suce*so na gradu*ção (*SG)
C*nce*to Capes/MEC p*ra *ós-g*aduação
I*put
Out*ut
*onte: os autore*.
O Índice Geral d* Cursos (IGC) e o **nceito Preli*inar de Curso (CPC)
foram lançados como alternativas ** escolha dos outputs, porém, n*o ate*ci*m
aos
crit*rios de pesquis*, visto que na *entativa de c*leta dos dados, o IGC não conte*plava
to*o o pe*íodo pesquisado e este *nglobava algu** dos indic*dor** estabelec**os pelo
TCU. O CPC é um *ndicador vo*tado * nota *o cur*o e não às IFES* p*s*uis*das, *
que dificulta*ia o pr*cesso de an*lise.
1193
And*é Junio* de Oliveira et a*.
O Quad** 3 detalha os indicadores d* *CU *tiliza*os *a pesq*isa, com as
suas respec*ivas variáveis:
Quadro 3 - *uad*o de i*dicado*es e variáveis utilizado* na *e*q*isa
Indicadores
Variáveis operaci*nais
*e*erência*
Cust* corrente/ aluno equi*alente *luno tempo integral/p*o*es**r equiva*ente Aluno te*po in- tegral/func**nário equivalent* *r*u de participa- ção estudantil Grau de e*volvi- ment* discente com p*s-gradu- ação Con*ei*os/Capes/ ME* da pós- -gr*duaçã* Índice d* q**lif*cação do corpo doc*nte *axa de sucesso n* *raduação
Custo corrente N*mer* ** aluno* e*uivalentes da gra- d*ação N*mero d* alunos tempo integral de pós- -graduação Número de alunos de residência **dica Número de alu*o* da graduaç*o em tem- po integ*al *úme*o d* alunos temp* integral *e pós- -grad*ação Númer* de al*nos de residênc*a médica Número de funcionários equivalen*es *úme*o de alunos da grad*açã* *m te*- po integral Nú*ero d* alunos tempo in*egral *e pós- -graduação Número d* *luno* de res*dência mé*ica N*mero de *uncionários equivalen**s Núme*o de alunos da gradua*ão em te*- po in*egral T*tal de alunos efetivamente matri*ulados na graduação To*al d* alun*s matricul*dos na *ós- -graduação stricto *ensu Total de alu**s ma***culados na graduação Total dos conce*tos de todos os *rogramas d* pós-g*aduação Número de p*ogramas *e pós-gradu*ç*o Nú*ero d* professores de ac*rd* com ti*ulação Número de dipl*mados N*mero t*ta* de alu*os ingressante*
O*iveir* e Turrio*i (2005), *rei- re, Crisóst*mo e Cast** (200*), Casado e Siluk (2011), Ba*bosa, Freire, Cris*stomo (201*), *osta, *amos e S**za (2*10).
F*nte: os auto**s.
1194
P*ograma R**ni nas *nstit**ções...
3.3 TR*TAMENTO DE DA*OS
3.3.1 Aná*ise E**oltória de D*d*s (*EA)
Pa*a a n*rmalização dos dad*s coletados de cus*os correntes, fe*-se uso da
função ln do Microsoft Excel® que ret*r*a a distribuição log-no*m*l cumulativa de
uma variável, em queln(*) é uma *u**ão n*r*a*me*te *is*ribuída com parâmetr*s
*e "m*dia" e "*esvio-padrão".Tal procedimento fez-se n*ce*sário para preparar
os dados e subm*tê-los à a**lise envoltó**a de dados (D*A), *etodol*gia que se
a*equ*u ao objetiv* da prese*te pe**uisa. O méto*o DEA f*i desenv*lvid* po*
Coop*r e Rh*des em 1978, *om a fina**dade d* avaliar a ef*ciênc*a *elativa
de
unidades *rg*nizaci*nais u*ilizando uma *a*a de variáveis de **tr*d* e saída.
*eu *b*etivo co*siste em medir a efici*ncia produtiva **m*ara** d*s un*dades *e
produ**o de modo a obter indicad*res para aten*er *os conceitos de eficiênci*.
Pode ser u*ad* em comparaç*es *e ef*ciênci* de uni*ades organizacionai* em q*e
ex*sta um c*njun*o de caract*ríst**as rel*tivame*te hom*gêne* (B*RENSTEIN;
*EC*ER; PRAD*, 2003; MA*TE; O\BRIEN, 2002; OLIVEIRA; OLIVEIRA;
TU*R*ON*, *0*6; COST*; RAMOS; S*UZA, 2010).
C*m base nos scores de eficiência apresen*ados para ca*a *F*S a p*rtir do
mé*odo DEA, b**cou-se verificar o impacto do Re*ni de um an* pa*a o outro. A
*écnica estatísti*a u*i*iz*da para aver*gu**ã* dessa provável *nfluênci* foi o test* t
independente, que *v*lia a sig**fic*ncia es*atíst*ca *a **fere*ça entre duas ou
mais
médi**. O cá*culo consiste na raz*o *a d*ferença e*tre as médi*s *a amostra e seu erro
padrã*, sendo o *esultado uma estimativa da difere*ça ent*e as médias esperadas po*
c*usa *o erro amostral * não da diferença r*al entre a* médias (**IR et al., 2005).
*pós o *ál*ulo das eficiên*ias de cada IFES ano * a*o, proc*deu-se ao
cálculo da dist*ncia entre c*da uma das altern*t*v*s (caract**izadas pela *ficiência
operacion*l calculada, t*xa d* sucess* na gradu*ção e conc*ito *ape* d*
Pós-
gra*ua*ão) e o "valo* ideal" ou "máxi*o" pe*a métrica di*tâ*cia eucl*d*an*. Após todas
*s distânci*s *alculadas, os valores for*m orga*iza*os em *rdem crescente, obtend*-
*e *m ranking. Optou-se pe*a *rd*na*ão crescente, pois qu*nto *enor a distância,
mais pró*i*o do cenário ide*l *stá o p*nto testado (ZELENY, 1982).
1195
André Ju*ior de O*ive*ra et al.
4 RESULTADOS E D**C**SÃ*
4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS **ESS PE*QUIS*DAS
De a*ordo * MEC (2*11), o s*stema púb*ico de ensino s*perior federal no
Brasil, n* a*o de 2011, era compos*o de 103 instituiçõe* de ensi*o, entr* as qu*is
*9 são Ins*it*i*ões Federa*s d* E*sino Supe*i*r (*FESs), distribuídas por todo o
t*rritó**o nacion*l, sendo 31 estabel**i*as nas cap**a*s b*asileiras e 28 em cidad*s
d* int*rior. Na Regiã* N**d*ste, localiz**-se 15 IF*S*; na Região Norte, 9;
na
Re*ião Sudeste, 19; na Regi*o S*l, 1* e, por fim, *a R*giã* Centr*-O*ste, 5 IFE*s.
No p*esente estudo, 50 i*stituiç*es *ompuseram a a*os*ra fina*, as demais *oram
ex*luídas *or n*o haver disponibilidad* dos dados *u terem sido *onstituídas em
p*ríodo p*s**rior ao *no 2006, iníci* ** pr*se*te pesquisa.
4.2 *NÁL*SE* REFERENTES AO PERÍOD* PRÉ-REUNI (2006-2007)
P*ra o cálculo do *nd*cador de ef*ciência oper*cional de cad* un*versidade,
foi *do*ada a me**d* de radial resultante *a aplica*ão d* m**elo DEA/BBC
orientado para os p*odu*os. *ssumem-se v*lores maiores ou ig*ais a 1,0 e informa-
se * potencial de crescime*to que seria alcançado, *em *cré*cimo na utilização de
recur*os, caso a instituição estive*se atuando com ef**iência operaci***l. Portanto,
para ser considerada efic*ente, a universidade deve apresentar u* score igual a 1. A
T*bela 1 apres*nt* os r*sultados sep*rados por ano e por pe*íodo:
Tabela 1 - E**ciênc*a **s IFESs por an* * p*r p**íodo Pré-Reuni (200*-2007) e Reuni (2008-2*1*)
Pré-*eun* R*uni
2*06
2007
2008
2009
201*
2*11
20*2
N
%
*
%
N
%
n
%
N
%
* %
N
%
Eficiên*ia
2
4
3
6
0
0
8
6
*
8
5
8
2
24
máx*ma
Menos
8
6
7
4
0
0
2
4
5
*
5
2
8
*6
eficient*s
IFES
U*F (0,74)
UNIFAP
U*GD
UN*F*P
UFRA
UFRA
UFES
*enos
(*,49)
(0,39)
(0,59)
(0,69)
(0,73)
(0,74)
eficie*t*
Fonte: os autores.
1*96
Programa Reuni *as inst*tuições...
*** *as* nas an**ises *fetuad*s, em 2006, 44% d*s IFESs [n=22] apre*en*a*am
efi*iênc*a *áxima n*s suas a*i*idades, *nquanto *m 2*07, o p*rc*ntual au*entou
p*ra 46% [n=23]. Obs*rvada a orie**a*ão do *so da técnica v*lt*d* para *s prod**os,
esses re*ultados *nd*cam que essas *n*ti*u*ções fi*eram *so *ficiente *os recursos
d**p***biliz*dos, com u*a ***icação adequa*a de seu mix de in*umos para a obt*nção
*os res*ltados *inais. A Un*v*r*ida*e *eder** Flumine*se (U*F) foi a institu**ão menos
e*iciente em 2006 e a Universidade Fe*eral do Amapá (Unifap) em 2007.
Em 2*0*, somente 20% [n=10] das IFESs *pr**entaram efic*ê*cia máxima
nas suas atividades, diferente dos resultados no *eríodo Pré-R*u*i, o que pode
s** justif*cado *o* *er o primeiro ano d* progra*a de expansã* n*s un*versida*es
*ederais brasile*ras * d** d*fic****des de adaptaç*o *om a política rec*m-implantada.
Em 2*09, * perce*t*al das IFESs efic*entes foi um p*uc* *aior, 36% [n=18], em
2010, *m 2011 voltou * cair, 18% [n=15], e e* 2012, 24% [n=12] (Tabe*a 1). A
Universidad* Federal da Gr*nde D*u*ados (U*GB) foi a ins*ituição menos efi*iente
em 2008, a **iv*rsid*de Federal do Ama*á (Unifap) em 2009, a Unive**idade
Fe*eral Ru*al do Am*zonas (UFRA) em 2010 e 2011, e a *niversida*e F*deral do
Espírit* Sant* (UFES), em 2012.
A Tabela 2 most*a * fr***ência d*s sco*es de eficiência da* IF*Ss nos dois
p*r*odos analisados. No períod* pré-Reuni, *2% [n=**] da* I*ESs apresentar*m
*co*e *e eficiência máximo (1,0) enquanto no p*ríodo Reun*, apenas u** IFES (2%)
apres*nto* esse s*ore. Os *enores scores ficaram na f*ixa de 6* a 7*% de eficiência
oper*cional no períod* Reuni e na faixa de 70 a 79% n* período pré-Reuni. Somente
um* I*ES apresentou efic*ê*ci* máxim* em todos os anos, o que pode *epresentar
uma dif*c*ldad* d* adaptação das *emais co* as muda*ças oc*r*idas com a
impl*nt*ç*o e ex*cução do Reuni. E*ses *esultados p*dem ser *o*sidera*os *lt*s
quando co*p*rados * r*s*ltad*s de o*tros e*tudo* realizados no m*smo p*río*o,
logica*ent* conte*plan*o ou**as áreas de *t*ação, que não seja da educ*ção, mas
que te**a tido o em*rego de rec*rs*s públicos (POR*U*HAK; R*PHA*LI;
SCARPIN, 201*; POLITELO; S*A*PIN 20*3), ou **smo *studos realizados
em perí**os em que a* p*lí*icas educac*onais eram d*fe*e**es do c*nári* analisado
(SOU*A; RAMOS, 1997).
1197
André Juni*r de Oliv*ira et al.
Tabela 2 - Frequência de ef*ciê*cia período pré-re*ni (200*-*007)
**é-reuni Reuni
Score
Quantidad*
%
Quan*idade
%
1
16
32
1
2
0,90 a 0,99
*3
*6
33
66
0,80 a *,89
9
1*
13
*6
0,70 a 0,7*
2
*
2
4
0,60 a 0,70
*
0
1
*
Tota*
50
10*
5*
*00
Fon**: os autores.
De acordo *om a *abela 4, é possív*l analisar os impacto* ou a influência
do R*uni ao long* dos a*os, p*r mei* do teste *e dife*enç* de m*dias (teste t d*
Stud**t). Ver*fic*-se que hou*e di**renças estatisticame*te signifi*ant*s entr* os
a*o* 20*7 e 2008, 2008 * 2009 e entr* 2011 e *012.
Ta*ela 3 - Impacto do Reuni *a ef*ciência das IFESs
Períod*s
1
*
3
4
5
6
*na*isados
*006
20*7
20*7
2**8
2008
2009
2009
2010
2010
2*11
201*
2*1*
Média de
0,95
*,94
0,94
0,82
0,82
0,93
0,9*
0,93
0,93
0,9*
0,93
0,90
efi*iênci* *as
IFS*
Test* (t)* de
0,24
0**
***
0,9*
0,90
0,02*
d*feren*a d*
**dias
Va*iânci*
0
0,01
0,02
0,01
*
0
Observações
50
Font*: os aut*res.
**Sig< 0,01*S*g< 0,05 = Existe *iferença significativa.
Os re*ult*dos do teste t de s*udent vêm c*nfirmar o q*e fora explan*do
anteriorme*te: en*re 2007 e *008, as IFESs sofreram *uda*ças advi*das da
implantação do Reuni; entre 200* e 2009, as instituiçõe* *as*ar*m pel*
transição
e se mostraram mais ad*ptadas *s *olíticas d* Programa, voltando a recup*r*r a
eficiência média, e em 2011 e 20*2, po* ser * último *no de vigên*ia do Pr*gram*,
*s IFESs tiveram mu*anças e* suas ativ*dades.
119*
P*og**ma Reun* *as *nsti*uições...
P*r fim, com o objetivo de c*m*arar os *esultados das IFES* analisadas,
foi calculada a dis*ân*ia euclidiana dos scores de ef*ciência e dos o*tputs do est*do.
* técni*a determina a distância ent*e pon*os, t*ndo *omo referên*ia um
cenário
considerado "ideal" q*e, no ca*o do pr*sente e*t*do, sã* os conceitos máx*mos **
efi*iênc*a operacion*l e *os d*is indicadores ut*lizados como *ut*ut (taxa de su*ess*
na g*aduação e conceito Cape* da Pós-*raduaç*o). *om *ase na distância euclidia*a
cal*u*ada, *oi *labora*o um r*nking das IFES*. Quanto menor a distância d* *enári*
*de*l, melh*r a posição no ranking. A Tabela 4 apresen*a o ran*in* das três I*ESs com
melho*es resul*ados e da* c*nc* IF*Ss como menores *esulta**s operacio*ais
d*
*odos os períodos *m *studo. * *anking foi cal*ulado a par*ir d* distânc*a euclidiana
média anual de tod*s os anos analisad*s.
Tab*la 4 - R**ki*g das **ES* de acordo com a d*stância eucli*iana m*di*
Distânci*
*ré-*euni
R*u*i
e*cle*iana
média
Ranking
IFESs
2006
2007
2008
20*9
2010
201*
2012
1
*FRJ
*,5
0,31
0,*1
0,*1
0,1
0,99
0,16
0,4*
2
UFRGS
0,*1
0,37
0,53
0,96
0,41
0,37
0,*1
0,5
3
UFM*
0,22
0,12
1,4*
2,12
*,16
0,13
0,16
*,62
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
*6
UFPI
1,75
1,68
1,7
4
1,86
1,7*
1,84
2,08
47
UFRA
1,77
1,79
*,84
*,17
1,95
1,97
*,99
2,21
48
UFVJM
2,04
2,02
2,0*
4,73
1,*
1,9
1,89
*,35
UN*-
*9
4,13
4,21
4,1*
1,18
4,14
3,96
4,14
3,71
FA*
50
UFF
*,9
4,88
4,88
11,4
0,97
1,4
1,3
*,21
*
*onte: os aut*res.
A UFRJ ocu*a a primeira po**ção no ra*king, embor* tenha sido a mais
eficiente somente e* dois pe*íodos analisados (2*09 e *010). Tant* a IFES melhor
posi*ionad* no rankin* quanto a pi*r *osicio*a*a est** estabelecidas no Es*a*o do
Rio de Jan*iro, UFRJ (distân*ia = 0,*7) * UFF (d*stância = 4,21), r*spectivame*te.
Es*es resultado* pode* ser int*rpretados analisando-se o grau de e*p*n*ão
de
cad* IFES *a *r**uaç*o e n* *ós-gr*duação, o q** pode ter afetad* os
re*ultados
dos i*dicadores de output (ta*a de sucesso na gradu*ção e conce*to Ca*es da Pós-
1199
André Junio* de *live*r* *t al.
gra*ua**o). A *abela 5 mostra os núme*os *essa expans*o para as IFESs melhor e
*i** posicionad*s no *a*king:
Tabela 5 - Per*entu*l de exp*nsão da G*aduação e Pó*-Graduação - melh*r*s * *ior*s *FESs *o ranking
% d*
Cur*os
Cu*sos
Cu*sos
pan-
*u*sos pó*-
% e*pa*-
Gra-
G*a-
pós-gra-
Ranking
IFES
s*o
-gradua-
são da *ós-
duação
*uação
*uaçã*
Gra-
ção201*
-graduaç*o
2***
2012
2007
d*a-
ção
*x-
1
U*R*
141
178
26
1*4
**6
21
2
UFRGS
69
8*
29
1*8
141
2
3
UFMG
48
75
*6
120
130
8
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
46
UFPI
68
101
49
13
36
177
4*
UFRA
5
11
1**
*
8
1*0
48
UFVJM
1*
32
78
1
*0
900
49
UNIFAP
1*
*6
73
4
10
15*
50
UFF
70
*06
*1
43
101
1*0
Fon*e: o* a*tores.
* *ossível *bserv*r *ue os res*lta*os não favore*er*m as IFESs que
*e*l*zaram maior expansão tanto na g*adu*ção *u*nto na pós-graduaç*o. Uma
expans*o maior d* graduação afe*a * í*dic* de s*c*s*o da graduação, pois mai*
aluno* *ã* m*tricu***os e, no c*so de novos curs**, apenas qua**o o* *i*co anos
depois co*eçaram a **nclui-los. A **lação alunos *ormados/*lunos matriculados
fica pr*j*dicada, poi* é maior o núm*ro de v*gas ofe*t*das e m*nor o n*mero d*
alunos formado*. No caso *a pós-gra*u*ç*o, o indica**r *ons*d*r* * méd** do
conceito Capes ** tod*s os cu*sos. Cursos n*vo* são *er**mente aprovados
c*m
conceitos *ais ba*xos. É de se esperar que nos primei*os ano* *e expa*são *a pós-
gradua*ão *corra uma queda na média do c*nceito dos cursos de pó*-grad*açã*.
Quan*o ma*or a propo*ção de curs*s novos em rela*ão * cursos consolidados, maior
o *mpact* na *édia. Isso explica po*que as IFESs que possuem m*ior *úmero de
*ursos de pós-g**duação já consolidado* *stão mai* bem-po*icionad*s n* ranking d*
*esultados, como a *FRJ, a **RGS e a UFMG. Pode-se ob*ervar na Tabela 5 qu*
as IFESs pio* **sicionadas no rank*n* de resulta*os foram as que m*is exp*ndiram
a pós-g*aduação (cursos no*os). *mpo*tante lembra* que o Re**i foi uma política
1200
Programa Reuni nas *nstituiç*es...
** expansão direciona*a para a gra*uação * não p*ra a pós-gra*uação, *as co* a
entrada de novos professore* foi *o*sível ex*andir também a pós-graduaçã*.
Não foi possív*l comparar os *esult*dos ora *pr***ntados com estudos
anteriores, uma vez que *e trat* de u* estud* pione*ro em analis*r a eficiência das
universidades, relac*onando i*sumo* e produto*, e* *m período específic*. Porém,
é poss*vel compara* os **rc*ntua** de *ficiê*cia operacio*al encon*rados com *s de
out*os estudos que també* analisa*a* a eficiênci* das *F*Ss brasileiras utiliza**o
in*icadores do T*U, c*n*orme apresentado no Quadr* 4:
Quad*o 4 - Alinhamento c** estudos an*eriores
A*tor
P*ríodo a*a- lisado
Amostra (*FESs)
Eficiência média (%)
Oliveira e Turr**ni (200*)
2004
19
26
Casa*o e Siluk (2011)
20**
5*
54
Costa, Ramos e Souza (2011)
2004 a 2008
*9
57 a *7
Fonte: os autor*s.
N* pr*se*te pesquisa, *0% das IFE*s m**traram-se eficiente* *o l*n*o
dos *nos analisados. No estudo de C*s*do e S*luk (20*1), do total d* 53 IFES*
in*estigada*, 54% mostraram-se eficien*es. J* no estudo de Oliveira e Turrion*
(2*05), analisando dado* de 20*4, en*o*tra*am somente 26% das IFESs e*ic*ente*.
Costa, *amos e *ouz* (20*0) enco**r*ram *7 a 67% das IFESs com
*fic*ência
máxi*a no pe*íodo e*tre 2004 e 2008.
Diante das novas polí*icas *dot**as, as IF*Ss se mostram m*is eficie*tes
e * tendência é que a *fic*ência aumente e **ja expandid* para um n*mero maior
de IFESs, em decorrência d** reflexos após a co*clusão do *rojeto Reuni, como é
o c*so *a taxa de s*cesso n* grad**ção, que tem e*eitos * partir da conc*us*o **s
novo* cur*os, quatro *u **nco anos apó* * *nício do *euni. Assi*, novos reflexos
dos investimentos feitos entre *008 e 2012 poderão ser percebid** apó* a c*nclusão
do Pr*grama, em análise dos anos vindouros.
5 CONC*USÃO
O foco desta investiga*ão foi analisar a *ficiência das IFESs brasileiras
em um p*ríodo es*ecífi*o, delimit*d* *e*a implan*aç*o do P*ogram* Reuni. *a*a
12*1
André *unior de Oliveira et al.
*anto, foram *e*ecionados período* ant*riores à im*lementaç*o do Pro*rama e
co*trapostos *om os per*od*s d* i*pl*mentação *o Reuni. Pa*a sub*i*iar as a*áli*es
fo*am coleta**s os indi*adores de *esempenho disponibilizados no* relatórios *e
ges*ão das IF*Ss analisadas, conform* me**dologi* exig*da pela *ecisão n. 408/20*2
do Tribu*al de Cont*s da União (TC*), além disso, foi *ti*izada a meto*ologia *ão
param**ric* Análise *nvo*tória de Dados (D*A) p*ra m*nsu*** a **iciênci* da* IFESs
por meio de um mode*o q*e verifico* o máximo de produto educ*cional ob*ido
por IFES *nvestigadas, considerando-se q*e *s*e* *rodutos são função dos re*ursos
*ducaciona*s. Este trabalh* abord*u a fun*ão d* prod*ção educacional, *ostrando
sua especificidade e os indicadores que podem ser utili*a*o* na compos*ção dos
inputs e d*s outpu*s *duc*cionais.
Os a*hados, de forma ge*al, alinham-se aos de*ai* *s*udo* exi*tente* tanto no
Brasil quant* no ex*erior e apontam para a *eces*ida*e de tomar medid*s re*ac*onadas
a uma melhor gestão dos recur*o* disponibilizado*, ma*s es*eci*icamente os *ecurso*
humano*, pois há um *úme** su*iciente *e serv*d*re*, tanto doc**tes **anto técnico-
admin**trativos em educ*ç*o, que permitiria um maio* alcance *e *elhores resu**ados
no* i*dica*or*s *nalis*d*s.
Importante salie*tar qu* a efici**cia ora estudada e*tá re*acionada ao*
indicadores c*nc*it* Capes para a pó*-graduaçã*, que consiste em *val*ar a q**li***e
da *ós-g*ad*ação e * taxa de *u*es*o *a graduação, o *ue remete à seguinte reflexão: *
instit*ição *ue possui um m*ior n*me*o d* curso* d* pós-**aduaç*o já c*nso*ida*os
e re*lizou uma ex*ansão relativament* p*quena para o seu **rte, obteve i*dicadores
de e*i*iência maiores do que *quelas que ex*andira* mais recentemente a pós-
gradua*ão, ou q*e ex*andi*am muito fortement* a graduação. É importa*te ressaltar
que *s análises c*n*ide*aram o mo*tan*e de insumo* disponibili*ad*s para cada
IFES, o que pode ser uma j*st*ficat**a para que aquela* com maior tra*içã* e menor
expa*são ten**m obtido melhores *esultados do que o* obt*do* pe*** IFESs atuantes
há menos tempo e que *e exp*ndir*m consid*r*velmente nos ú*tim*s an*s.
Em c*n*ord*n*** aos result*dos obti*os, *nde foi aplicada * m**odologia d*
análise *nv*ltória de dados (DEA), obser*a-se que é possível av*liar * efic**ncia das
*nst*tuições de E*si*o Superior, de fo*ma a permit** * implementação *e controle
*os gasto* *os i*sumos para se obt** um co*jun*o *e resu****os específicos,
podendo, dessa forma, *stabel*cer m*t*s de reaju*tes e controle. A f*rramen*a DEA
permitiu identificar as falhas apre*e**a*as na gestão d*s insumo*, poss**ilitan*o
esta*elecer metas de m**horias *a*a * alcance da *ficiência, perm*tindo ap*iar
o pla*ejamento des*as me*as *ara os diversos in**cado*es *nalisados, *ara que
maxim*zem a e*iciência de *ada instituição pesquisada.
1202
Programa Reuni n** in*tituições...
O presente t*abalho *reocupou-s* e* verifica* o comportament* da
*f*ciê*cia da* IFESs brasileir*s c*m a i*plantação do R*uni, porém, o aumento do*
*ecursos p*ovenient*s das nova* *olíticas (20*8-2012) não a*terar*u os resultad*s
apresentado* anteriormente, no período den*minado **é-Reuni (200*-2007), pois
*qu*las que já trabalhavam com certa e*iciênci* *ssi* cont*nuaram, com as mes*as
*ificul*ades *e adaptação *as demais u*iversidades. As mudanças *contecer*m de
forma acel**ada, e as insti*ui*ões demoraram a se adaptar à nova políti*a em termos
de incremento *o quadro *e ser*idores e estrutura fís*ca.
Verifi*and* as causas de *neficiê*cia o*e*acional das *FESs que compõe* a
amostra, ou sej*, d***elas *ue estão abaixo da fronteira *e efi*iência, *s indicad*re*
mais expr*ssivos nas folg*s apresentadas são: custo c*rrent*/a*uno equival*n*e, que
r*fle*e d*retamente n* montante que es*ão sendo investido* por *luno, e em m*itas
i*stitu*ções as folga* apresent*da* fo*am su*preende*teme*te grand*s, **m como
o índi*e de qualif*cação d* corpo docente. * necessária uma análise ma*s criteriosa
do re*erido indicador, *ois como afirma C**ta, Ra*os e Souza (2010), o excesso do
ref*rido in*icad*r e a* folgas apres*ntadas eviden*i*m que ex*stem *uitos professores
q*alif*cados qu* não e*tão se*do u*il*zad*s de forma e*icien*e pelas IFESs em sua
ple*itud* ac*dêmica. Uma d*s e**licaçõ*s para t** fato se deve à mudança ocor*ida
nos últimos *nos em relação ao critér*o d* co*trataç** das Universidades Federais,
q*e es*ão exigindo professores ma*s qualificado*, *om ma*or titulaçã*. *rande *a*te
dessas mudanças de contr**ação refletem diretamente nos indic**ores pesquisado*,
embora pelos resultado* não estão se**o ***letidos nos indicadores Capes/*EC *ar*
a p*s-graduaç*o.
De cer*o mod*, p*de-se afirmar qu* a fronteira de eficiênc*a das IFESs
analis*d*s pode s*r cons***rada plausível tanto p*ra a *tual estrutu*a d* f*nanci*mento
quanto para * atua* m*delo de aloc**ão de recu*sos *a*a *ssa* instituiçõ*s. A anál*se
dos índices de gestão d* *CU, t*n*o os in*uts quanto os *utputs, indic*u que houv*
aumento de eficiênc*a da prod*tiv*dad* p*ra alg*mas I*ESs, em detrim*nto
da
*iminuição de produtivida*e apresentada por ou*ras. Tal situação demo*st** que
o* p*odutos das IFESs, mesmo em meio aos mu*tos i*ve*timent*s pro*enient*s de
política* pú**icas como o R**ni, não vêm sendo melhorados ao longo do *empo,
**monstrando, assim, qu* o a*mento do aporte de recursos dest*nado às *FESs pode
*ão est*r *linhado com o desempenho destas na formação do pr*duto educacional.
Além **ss*, algum*s *FESs q*e são consideradas *mpo*tantes no cenário nacional não
*btiv*ram score* *e e*ic*ência co*patí*eis com os recurso* *ecebidos.
*203
Andr* Juni*r *e Oliv*ira et al.
P*ra *oncluir, os resultados encontrados, ora apresentados, contr*buem
como uma nova fonte *e consulta para a litera*ura *o*r* gestã* e avaliação das
in*tituições de e*sin* bra*ileiras, notadam*nte sobre ins*it**ções públicas *e ensino
sup*rior. *end* imp*rt*n*e res*alta* que as análises e s*ges*ões, de*orr**te* da
metodologia ap*ica*a, estã* condicionadas às uni*a*es e variáve*s in*luídas ne*ta
pesqui*a. Qual*uer unid*de e/*u vari*v*l acrescentada ou e*cluída da an***se
mo*ificará os resultad**.
Po* fim, pode-s* a*irmar que * pre*ente estudo *umpri* seu objet*vo,
**is realizou *ma sistem**iza**o entr* o financiame*t*, a alocaç*o de rec*rsos e
a ef**iência das IFESs (refletido* n*s indicadores *e ge*tão) pertence**e* ao setor
e*u*acional superior público fed*ral, oferecendo uma *deia mais abrangente s***e
* área. Contudo, é esp*rado qu* * academia, as IFES* aqui anal*s*das e até *esm*
* S*Su/M*C e a AN*I*E* examinem os resultad*s provenientes da p*s*uisa *
p*ocurem empregá-los na discussã* das *olíticas periodic*m**te adotad*s.
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