Artigo original

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIDIABÉTICA IN VITRO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE Algrizea minor (MYRTACEAE) E Eugenia brejoensis (MYRTACEAE)

Evaluation of Chemical Composition and in vitro Antidiabetic Activity of Essential Oils of Algrizea minor (Myrtaceae) E Eugenia brejoensis (Myrtaceae)

https://doi.org/10.18593/evid.32564

Recebido em 22 de fevereiro de 2023 | Aceito em 20 de junho de 2023

Marília Lúcia Leal Rodrigues Soares* Bruno Oliveira de Veras Fernanda Miguel de Andrade

Resumo:

Introdução: O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico crônico, caraterizado pelo aumento da concentração de glicose no sangue (hiperglicemia). Óleos essenciais apresentam constituintes que podem auxiliar no controle do diabetes com base em diversos mecanismos de ação (estimulação da produção de insulina, inibição enzimática, entre outros), surgindo como candidatos promissores antidiabéticos. Objetivo: avaliar a composição química e atividade antidiabética in vitro dos óleos essenciais de Algrizea minor e Eugenia brejoensis. Metodologia: Os óleos essenciais foram obtidos por hidrodestilação, caracterizados por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG-EM) e detector de ionização de chamas (CG-DIC). Os óleos foram avaliados quanto a inibição de α-amilase e α-glicosidase por métodos colorimétricos. Resultados: Foi possível identificar 94,56% da composição química do óleo essencial de A. minor, que apresentou como componentes marjoritários o β-pineno, α-pineno, germacreno, biciclogermacreno, cariofileno e limoneno; e 96,92% da composição química do óleo essencial de E. brejoensis, sendo seus compostos majoritários o (E)-cariofileno, cadineno, Epi-α-muurolol, biciclogermacreno, α-cadinol e espatulenol. Quanto a inibição de α-amilase e α-glicosidase o óleo essencial de A. minor obteve inibição, com valores de CI50 (concentração inibitória média) de 0,83 ± ٠,00 μg/mL e 9,12 ± 0,12 μg/mL, para as referidas enzimas respectivamente. O óleo essencial de E. brejoensis também foi capaz de inibir as enzimas relacionadas ao metabolismo dos carboidratos, apresentando valores de CI50 de 1,42± 0,02 μg/mL e 37,23± 0,01 μg/mL para α-amilase e α-glucosidase, respectivamente. Conclusão: Os óleos essenciais apresentam a capacidade de inibir enzimas relacionadas ao metabolismo dos carboidratos, podendo tornar-se ferramenta terapêutica estratégica para o tratamento do diabetes mellitus.

Palavras-chave: Diabetes mellitus. Produtos naturais. Enzimas.

Abstract:

Introduction: Diabetes mellitus (DM) is a chronic metabolic disorder characterized by increased blood glucose concentration (hyperglycemia). Essential oils have constituents that can help control diabetes based on several mechanisms of action (stimulation of insulin production, enzymatic inhibition, among others), emerging as promising antidiabetic candidates, Objective: To evaluate the chemical composition and in vitro antidiabetic activity of essential oils from Algrizea minor and Eugenia brejoensis. Methodology: The essential oils were obtained by hydrodistillation and characterized by gas chromatography coupled to a mass spectrometer (GC-MS) and flame ionization detector (GC-FID). The oils were evaluated for α-amylase and α-glucosidase inhibition by colorimetric methods. Results: It was possible to identify 94.56% of the chemical composition of the essential oil of A. minor, which presented as major components β-pinene, α-pinene, germacrene, bicyclogermacrene, caryophyllene, and limonene; and 96.92% of the chemical composition of the essential oil of E. brejoensis, its major compounds being (E)-caryophyllene, cadinene, Epi-α-muurolol, bicyclogermacrene, α-cadinol, and spathulenol. As for the inhibition of α-amylase and α-glucosidase, the essential oil of A. minor was inhibited, with IC50 values (mean inhibitory concentration) of 0.83±0.00 μg/mL and 9.12±0.12 μg /ml, for said enzymes respectively. The essential oil of E. brejoensis was also able to inhibit enzymes related to carbohydrate metabolism, showing IC50 values of 1.42±0.02 μg/mL and 37.23±0.01 μg/mL for α-amylase and α-glucosidase, respectively. Conclusion: Essential oils can inhibit enzymes related to carbohydrate metabolism and may become a strategic therapeutic tool for the treatment of Diabetes Mellitus (DM).

Keywords: Diabetes mellitus. Natural products. Enzymes.

@Autor correspondente: Doutora em Bioquímica e Fisiologia; Faculdade Medicina do Sertão – Avenida Osvaldo Cruz, 10017 – São Cristóvão, Arcoverde – PE, 56512-670; https://orcid.org/0000-0002-8466-2196; fernanda_miguel3@yahoo.com.br.

1 INTRODUÇÃO

O Brasil possui uma vasta biodiversidade vegetal, sendo considerado como um santuário de moléculas bioativas, podendo apresentar alto valor comercial agregado por seu emprego no tratamento de diversas doenças, no entanto, esta biodiversidade tem sido pouco explorada do ponto de vista farmacológico1.

O conhecimento gerado sobre as possíveis aplicações, no tratamento de doenças, das plantas proveniente da biodiversidade brasileira está atrelada primordialmente ao conhecimento tradicional gerado por comunidades que utilizam essas plantas como agentes curativos no tratamento de inúmeras doenças como câncer, inflamação, diarreia, infecções, diabetes, dislipidemia, entre outros, utilizando chás, extratos, ceras, óleos e resinas dessas plantas2-3. Ressalta-se a importância de pesquisas que almejam a validação destas propriedades, bem como a obtenção de componentes ativos que possam servir como base para o desenvolvimento de fármacos4-5.

Algrizea minor Sobral, Faria & Proença (Myrtaceae), popularmente conhecida como murta6, e Eugenia brejoensis Mazine (Myrtaceae), popularmente conhecida como cutia7, são plantas da biodiversidade brasileira, endêmicas do bioma Caatinga8. Estudos demonstraram que outras Myrtaceaes apresentam diversas atividades biológicas, dentre elas, antimicrobiana9-10, antiiflamatória, analgésica5,11, e antioxidante12-13. Sendo essas atividades motivadas pelos diversos constituintes presentes nos óleos essenciais.

Pesquisas sobre atividades biológicas dos óleos essenciais de A. minor e E. brejoensis ainda são escassas. Veras et al.5, estudo pioneiro sobre o óleo essencial de A. minor, relata que o mesmo apresenta atividades antinociceptiva, antimicrobiana contra bactérias Gram positivas, Gram negativas e fungos, além de apresentar atividade antioxidante. Já o óleo essencial de E. brejoensis é descrito na literatura como agente antibacteriano, antibiofilme e anti-inflamatório14-16, além de atuar como tripanocida17.

Dentre os inúmeros compostos bioativos que podem ser obtidos das plantas estão os óleos essenciais, que são misturas líquidas de natureza hidrofóbica, composto de terpenos, terpenóides oxigenados, compostos aromáticos, fenólicos, acetonídeos, entre outros, podendo ser obtidos de diferentes partes das plantas, como flores, caules, folhas, raízes e cascas18. Os óleos essenciais são descritos como potentes agentes que atuam no controle da pressão arterial, tratamento do câncer, doença de Parkinson e Alzheimer, controle da dislipidemia e diabetes mellitus (DM) 19-20.

O DM é um distúrbio metabólico crônico, caraterizado pelo aumento da concentração de glicose no sangue (hiperglicemia)21, que afeta aproximadamente 425 milhões de pessoas no mundo22, sendo estimado um aumento significativo que pode chegar a atingir cerca de 642 milhões no mundo até o ano de 204021. A hiperglicemia crônica está associada às complicações do diabetes e é um grande problema para a medicina moderna por sua associação com diversas doenças e complicações, como: doença cardiovascular, cegueira, insuficiência renal, ineficácia no processo cicatricial, e complicações na gestação23, como pré-eclâmpsia e macrossomia fetal24-25.

Entre as principais formas de manifestação do DM estão o DM tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2) e o gestacional (DMG). O DM1 caracteriza-se pela destruição autoimune das células β do pâncreas26, está relacionado com fatores genéticos em combinação com fatores ambientais27. No DMG ocorre a intolerância à glicose percebida, pela primeira vez, durante a gravidez28, e frequentemente precede o desenvolvimento do DM229. Já o DM2 está relacionado à resistência insulínica dos tecidos periféricos, que gera uma liberação insuficiente ou suficiente de insulina, porém ela não é reconhecida por seus receptores nos tecidos periféricos.

O DM2 é um problema significativo de saúde pública, representando quase 90% de todos os casos de diabetes, atingindo mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo30. A terapêutica utilizada para DM2 é baseada em medicamentos que aumentam a secreção de insulina, sua sensibilidade tecidual, aumentam excreção de glicose ou retardam a absorção de glicose no trato gastrointestinal31.

Uma estratégia para retardar a absorção de glicose no trato gastrointestinal é inibir enzimas digestivas relacionadas com o metabolismo de carboidratos, como as glicosidades. Essas enzimas fazem parte de um grupo que catalisam por hidrólise as ligações glicosídicas, as quais estão presentes na estrutura dos carboidratos32. As enzimas α-amilase e α-glicosidase atuam no processamento de carboidratos provenientes da dieta, são responsáveis pela quebra do amido em monossacarídeos para que possam ser absorvidos pelos enterócitos33. A α-amilase atua hidrolisando o amido em oligossacarídeos, que posteriormente são clivados pela α-glicosidase, originando unidades de glicose que serão absorvidas pelos enterócitos e provocando a hiperglicemia pós-pandrial34-35, um fator que deve ser considerado quando se trata de indivíduos diabéticos.

Embora a atividade da α-amilase e da α-glicosidase não esteja diretamente envolvida na etiologia do DM, acredita-se que seus inibidores melhorem a tolerância à glicose em pacientes diabéticos além de reduzirem a absorção de glicose no intestino36-37. Seetaloo et al.38 relatam que plantas medicinais apresentam a capacidade de inibir as principais enzimas digestivas associadas ao metabolismo de carboidratos (α-amilase e α-glicosidase), atuando na regulação dos níveis de glicose no sangue e nos picos pós-pandriais em diabéticos.

Diante do crescente número de diabéticos no mundo e das complicações que o DM pode provocar em um indivíduo, várias pesquisas buscam alternativas que atuem revertendo a hiperglicemia. Extratos e óleos essenciais extraídos de plantas surgem como candidatos promissores podendo exibir atividade antidiabética37,39-,40. Considerando a importância dos produtos naturais no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de diversas doenças, incluindo o DM2, este estudo teve como objetivo avaliar a composição química e atividade antidiabética in vitro dos óleos essenciais de A. minor e E. brejoensis.

2 METODOLOGIA

2.1 OBTENÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL VEGETAL

As folhas de A. minor e E. brejoensis foram coletadas em abril de 2018, no Parque Nacional do Catimbau, localizado em Buíque-PE. Exsicatas foram depositadas no Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) sob os números 93451 e 84033, respectivamente.

2.2 EXTRAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS

Após a coleta, os materiais vegetais foram submetidos a separação das partes da planta (caule e folha), sendo descartadas as folhas atacadas por praga ou doenças, e em seguida submetidas a lavagem, sendo posteriormente as amostras trituradas e transferidas para um balão com água destilada em proporção. 1:10 (m/v). As amostras foram submetidas a hidrodestilação por 4 horas, utilizando 500 g do material triturado. Os óleos essenciais foram obtidos por condensação do vapor no condensador. Para remoção do excesso de água, os óleos foram tratados com agente secante sulfato de sódio anidro (Na₂SO₄). Os óleos foram mantidos refrigerados a -4 °C até análises posteriores5.

2.3 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais foram analisados em um cromatógrafo a gás triplo 5975C (Palo Alto, CA, EUA) equipado com a coluna Agilent Technologies DB-5MS (30 m x 0,25 mm x 0,25 μm). Alíquotas de 1 mL na divisão 1:50 de óleos essenciais foram injetadas em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-EM). Os compostos foram identificados comparando seus espectros de massa usando o software MassFinder 4, NIST08 e Wiley Registry ™ 9th Edition, integrado ao software Agilent MSD Productivity ChemStation (Agilent Technologies, Palo Alto, EUA) e ao Índice de Retenção. As amostras foram quantificadas por cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de chama (CG-DIC) nas mesmas condições que o CG-EM em triplicata para calcular o desvio padrão da porcentagem da área do pico para cada composto no cromatograma5.

2.4 AVALIAÇÃO DA INIBIÇÃO DE Α-AMILASE E DE Α-GLICOSIDASE

A atividade inibidora dos óleos essenciais em relação a α-amilase foi realizada pelo método colorimétrico de Yang et al.41 Um volume de 25 μL dos óleos essenciais (concentrações variando de 0,1 a 1000 μg/mL), foram misturados com 50 μL de solução contendo α-amilase (0,3 U/mL) em tampão fosfato (pH 6,9 com cloreto de sódio 6 mM) em uma microplaca de 96 poços, sendo a mistura incubada por 10 min a 37 °C. Após a incubação, a reação enzimática foi iniciada com a adição de 50 μL de solução de amido (0,05%) (substrato enzimático), e a placa foi novamente incubada por 30 min a 37 °C. A reação foi então interrompida com a adição de 25 μL, de HCl (1 M). Após interrompida a reação, foi adicionada 100 μL de solução de iodo-iodeto de potássio (2:1). A absorbância do amido resultante foi determinada a 620 nm.

A atividade inibidora dos óleos essenciais em relação a α-glicosidase foi realizada pelo método colorimétrico de Palanisamy et al.42 Inicialmente, 50 μL dos óleos essenciais (concentrações variando de 0,1 a 1000 μg/mL) foram misturadas com 50 μL de solução de α-glicosidase (0,3 U/mL) em uma microplaca de 96 poços, sendo a mistura incubada por 10 min a 37 °C. Após a pré-incubação, a reação foi iniciada com a adição de 50 μL do substrato cromogênico 4-p-nitrofenil-α-D-glucopiranósido 2,5 mM (4-pNPG) (substrato enzimático) e a placa novamente incubada por 30 min a 37 °C. A reação foi então interrompida com a adição de 50 μL de solução de carbonato de sódio (0,2 M). A absorbância do p-nitrofenol resultante (pNP) foi determinada a 400 nm.

O inibidor farmacológico Acarbose® foi usado como controle positivo. Todos os experimentos foram realizados em triplicata, sendo a atividade calculada usando a seguinte equação:

onde Aa é a absorbância da mistura do óleo essencial, substrato enzimático e enzima; Ab é a absorbância da mistura do substrato enzimático e óleo essencial; Ac é a absorbância da mistura de substrato enzimático e enzima; Ad é a absorção do substrato enzimático. Os resultados foram expressos como média ± DP, sendo analisados estatisticamente por regressão não linear ajustada aos modelos de decaimento sigmoidal utilizando o Microcal ™ Origin® versão 8.0. A CI50 (concentração inibitória média) foi determinada para cada amostra.

3 RESULTADOS

3.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS

De acordo com a metodologia utilizada foi possível obter os óleos essenciais de E. brejoensis (OEEb) (rendimento de 1,56±0,23% m/m) e de A. minor (OEAm) (rendimento de 1,32±0,19% m/m) e identificar os componentes químicos.

No OEEb foram encontrados trinta e cinco compostos, conforme Tabela 1, o que representa 96,92% da composição total. Dentre os compostos encontrados em maior quantidade no óleo destacam-se o (E)-Cariofileno, δ-Cadineno, Epi-α-muurolol, Biciclogermacreno, α-Cadinol e Espatulenol.

No OEAm foram encontrados 15 compostos, conforme tabela 2, o que representa 94,56% da composição total. Os compostos β-Pineno, α-Pineno, Germacreno D, Biciclogermacreno, (E)-Cariofileno e Limoneno, foram os componentes majoritarios encontrados no óleo.

Tabela 1 – Composição química do óleo essencial de E. brejoensis

Pico

Composto

RI Cal

RI Lit

Percentagem (%)

D.P

1

δ-Elemeno

1335

1335

0,29

0,01

2

α-Cubebeno

1348

1348

3,57

0,01

3

α-Copaeno

1374

1374

0,59

0,01

4

β-Bourboneno

1387

1387

0,87

0,01

5

β-Elemeno

1390

1390

1,56

0,01

6

α-Gurjuneno

1409

1409

1,72

0,30

7

(E)-Cariofileno

1417

1417

16,27

0,29

8

β-Gurjuneno

1431

1431

0,15

0,00

9

Aromadendreno

1439

1439

1,32

0,01

10

Cis-muurola-3,5-dieno

1448

1448

0,01

0,00

11

Trans-muurola-3,5-dieno

1451

1451

0,01

0,00

12

α-Humuleno

1452

1452

2,66

0,01

13

Allo-aromadendreno

1458

1458

2,32

0,00

14

Trans-cadina-1(6),4-dieno

1475

1475

2,57

0,01

15

γ-Muuroleno

1478

1478

0,79

0,03

16

Germacreno-D

1480

1480

0,01

0,00

17

β-Selineno

1489

1489

0,59

0,02

18

Trans-muurola-4(14),5dieno

1493

1493

0,01

0,00

19

Biciclogermacreno

1500

1500

8,17

0,05

20

α-Muuroleno

1500

1500

0,20

0,01

21

Aromadendra-1(10),4(15) – dieno

1512

1512

0,01

0,00

22

γ-Cadineno

1514

1514

2,18

0,14

23

δ-Cadineno

1522

1522

17,61

0,18

24

Trans-cadina-1,4-dieno

1533

1533

0,75

0,00

25

α-Cadineno

1537

1537

0,84

0,00

26

α-Calacoreno

1544

1544

0,44

0,01

27

Palustrol

1567

1567

0,82

0,01

28

Espatulenol

1577

1577

6,67

0,10

29

Óxido de cariofileno

1582

1582

2,64

0,12

30

Viridiflorol

1592

1592

0,93

0,01

31

Ledol

1602

1602

1,72

0,01

32

1-Epi-cubenol

1627

1627

1,29

0,00

33

Epi-α-muurolol

1640

1640

9,33

0,04

34

α-Muurolol

1644

1644

0,67

0,01

35

α-Cadinol

1652

1652

7,31

0,04

Total

96,92

3,08

RI Cal- Índices de retenção experimental relativos e índices de retenção RI Lit- Leitura; DP- Desvio padrão.

Tabela 2 – Composição química do óleo essencial de A. minor

Pico

Composto

RI Cal

RI Lit

Percentagem (%)

D.P

1

α-Tujeno

929

924

0,69

0,01

2

α-Pineno

936

932

17,89

0,32

3

β-Pineno

977

974

55,87

0,43

4

Mirceno

993

988

0,18

0,05

5

Limoneno

1030

1024

1,68

0,13

6

Terpinen-4-ol

1179

1178

0,01

0,00

7

(E)-Cariofileno

1423

1417

4,26

0,21

8

Aromadendreno

1442

1439

0,89

0,04

9

α-Humuleno

1457

1452

1,20

0,03

10

Allo-Aromadendreno

1465

1458

1,12

0,01

11

Germacreno D

1484

1481

4,78

0,19

12

Biciclogermacreno

1499

1500

4,89

0,41

13

δ-Cadineno

1527

1522

0,48

0,03

14

Espatulenol

1581

1577

0,38

0,01

15

Guaiol

1600

1600

0,24

0,03

Total

94,56

5,04

RI Cal- Índices de retenção experimental relativos e índices de retenção RI Lit-Leitura; DP- Desvio padrão.

3.2 INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

Os valores de inibição enzimática pelos óleos essenciais de A. minor e E. brejoensis estão expostos na tabela 3. Na análise de inibição da α-amilase os valores da CI50 para o OEAm foi de 0,83 ± 0,0003 μg/mL, para o OEEb foi de 1,42±0,02 μg/mL e para a Acarbose® foi de 0,07±0,03. Na análise de inibição da α-glicosidase os valores da CI50 para o OEAm foi de 9,12 ± 0,12, para o OEEb foi de 37,23± 0,01 e para a Acarbose® foi de 5,6 ± 0,00.

Tabela 3 – Atividade inibitória da α-amilase e α-glucosidase pelos óleos essenciais de A. minor e E. brejoensis.

Amostras

α-Amilase

CI50 (µg/mL)

α-Glicosidase

CI 50 (µg/mL)

OEAm

0,83 ± 0,00b

9,12 ± 0,12b

OEEb

1,42± 0,02c

37,23± 0,01c

Acarbose®

0,07 ± 0,03a

5,6 ± 0,00a

Os dados representam a média ± DP. abc Diferentes letras na coluna indicam diferenças estatisticamente significativas (p <0,05).

4 DISCUSSÃO

De acordo com os resultados da análise da composição química dos óleos essenciais foi possível detectar que os compostos encontrados são considerados os principais constituintes e assinatura fitoquímica da família Myrtaceae43-46. Segundo Da Silva et al.47, espécies da família Myrtaceae, como da Plinia cauliflora Mart. Kausel e Eugenia uniflora L., tiveram como principais componentes (E)-cariofileno e o espatulenol, respectivamente tendo correlação com os componentes encontrados no OEEb. Os resultados referentes a composição química do OEAm estão de acordo com Veras et al.5, pesquisa pioneira com o OEAm.

Apesar dos óleos essenciais não apresentarem atividade tão elevada como o composto Acarbose®, podem se tornar um novo candidato promissor a fitofármaco39. Gad et al.48, relata que monoterpenos e sesquiterpenos podem se ligar não seletivamente a grupos amino e sulfridila de enzimas, modificando a conformação da mesma e levando a perda de funcionalidade. Esse relato justifica a atividade inibitória exibida pelo OEAm, que apresenta o β-Pineno e α-Pineno (monoterpenos) como compostos majoritários, e pelo OEEb, que apresenta dois sesquiterpenos como compostos majoritários, (E)-Cariofileno e δ-Cadineno.

Na literatura há relatos que monoterpenos, como β-Pineno e α-Pineno, apresentam atividade inibitória sobre a α-amilase49-51, o que respalda o resultado obtido neste trabalho, onde o OEAm foi mais eficiente na inibição da α-amilase. Além disso, há relatos que outros compostos majoritários presentes no OEAm, encontrados neste trabalho, atuam como inibidores enzimáticos. Xu et al.52 avaliaram a inibição de α-amilase por terpenos, verificando que o Germacreno apresenta a melhor atividade entre os compostos testados, sendo essa inibição por acoplamento ao sítio catalítico da enzima.

É interessante ressaltar que os resultados de inibição enzimática obtidos para ambos os óleos essenciais analisados neste estudo apresentam CI50 menor do que as relatadas em outros estudos. Xu et al.52 avaliaram a CI50 de α-amilase pelo óleo essencial de Cedrus deodara Roxb. Ex D. Don obtendo o valor de 119,67 ± 0,72 μg/mL. Segundo Tundis et al.53, o óleo essencial de Poncirus trifoliata L., teve valores de CI 50 da α-amilase de 664,54 ± 4,7 μg/mL e α-glicosidase de 300,17 ± 4,4 μg/mL, necessitando de valores elevados para a inibição das enzimas. Segundo Belhadj et al.49, o valor de CI50 do óleo essencial de Salvia officinalis L. foi de 38 μg/mL para inibição da α-amilase. Além disso, El-Nashar et al.54, relataram que o óleo essencial de Syzygium cumini L., planta que pertence à família Myrtaceae como as utilizadas neste estudo, apresentou IC50 de 57,80 ± 3,30 para α-amilase e 274,03 ± 12,3 para a α-glicosidase. Esses relatos confirmam a relevância dos óleos essenciais analisados neste estudo para a finalidade de inibir enzimas que fazem parte do metabolismo de carboidratos, a α-amilase e a α-glicosidase.

5 CONCLUSÃO

Assim, os óleos essenciais obtidos da A. minor e E. brejoensis apresentam benefícios para o tratamento de patologias, como o diabetes mellitus, fazendo dessas espécies promissoras fontes de produto natural. Ressaltando assim, a importância do conhecimento de plantas com potencial de tratamento ou prevenção do diabetes mellitus, para viabilizar o desenvolvimento de produtos farmacêuticos como fitoterápicos, que poderão ser utilizados como coadjuvantes da terapia farmacológica antidiabética. Desta forma, com o uso de novas terapias, poderiam ser reduzidas as doses dos fármacos atuais, assim como sua toxicidade e alternativa para melhor adesão do tratamento.

REFERÊNCIAS

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* Graduada em Farmácia; Faculdade de Integração do Sertão.

Doutor em Medicina Tropical; Universidade Federal de Pernambuco – Centro de Biociências, Departamento de Bioquímica.

Doutora em Bioquímica e Fisiologia; Faculdade Medicina do Sertão.