TECNOLOGIAS: NOSSO EXOESQUELETO E O SONHO COLABORATIVO
Resumo
A espécie humana evoluiu imersa em natureza, instrumentos técnicos e linguagens. A interação cooperativa e conflitiva entre os ingredientes dessa co-evolução foi sempre sumamente complexa. A expansão científico-tecnológica, da atualidade, aumenta significativamente essa complexidade. As transformações do aprender humano também precisam ser olhadas dentro desse amplo contexto bio-sócio-tecno-evolucionário. Não resta dúvida que essa co-evolução tem caráter decisivo para a aprendizagem, na atualidade. Todas elas estão profundamente imbricadas com as novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). A relação pedagógica e educativa escolar já não ocorre num mundo “natural”, mas num contexto evolutivo no qual os artefatos do engenho humano criam uma reengenharia mutante das próprias relações sociais. Diante disso o objetivo do estudo, uma buscagem em referenciais teóricos, foi: verificar possibilidades e implicações epistemológicas de pensar a construção de uma nova arquitetura aprendente envolvendo, além dos humanos aprendentes, as tecnologias digitais e os demais elementos não humanos, presentes na biosfera. Acreditamos na possibilidade de as TICs se tornarem janelas e oportunidades transferindo seus benefícios a cada um dos seres humanos, à biodiversidade e ao entorno ambiente. Concluímos que as TIC potencializadas podem ser admiráveis recursos de contato, relacionamento inter-humano, relacionamento para com a biodiversidade e o meio ambiente, pois em seu bojo residem chances inéditas de ampliação efetiva da sensibilidade rumo à consolidação do projeto de humanidade e de um planeta habitável; que os ambientes escolares reconheçam a profunda cisão criada pelas tecnologias digitais para compreenderem a colaboração possível em estreita associação com os ecossistemas interativos.
Palavras chaves: Educação; Tecnologias; Colaboração