TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: RELATO DE CASO COM ÊNFASE NA PSICOTERAPIA E NO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Resumo
Atualmente, o tratamento para o TEA envolve uma abordagem multidisciplinar, combinando medidas educativas, acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia e atividades físicas, integrados ao uso de medicamentos quando necessário. Assim, o objetivo deste estudo foi relatar o caso de uma paciente com TEA e seu tratamento medicamentoso, e ressaltar a importância da psicoterapia no tratamento da doença. Joana (nome fictício), 5 anos de idade, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde então, ela realiza acompanhamento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da sua região para apoio ao desenvolvimento e à socialização. Devido ao TEA, Joana apresenta dificuldades significativas de comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos. A paciente também possui comorbidades associadas ao TEA: hipotireoidismo e atraso global do desenvolvimento (AGD). O hipotireoidismo pode afetar o desenvolvimento físico e neurológico, porém, esta doença está bem controlada atualmente. Por outro lado, o AGD está contribuindo para atrasos nas habilidades motoras e cognitivas da paciente, dificultando a realização de atividades apropriadas para sua idade. Joana também possui limitações na sua funcionalidade, necessitando de suporte constante para atividades diárias e supervisão em todas as terapias e atividades de socialização. Como intervenções medicamentosas, esta paciente faz uso de três medicamentos, a Risperidona (posologia não informada), a Fluoxetina (posologia não informada) e a Levotiroxina (100 mcg/dia). A Risperidona é um medicamento antipsicótico da segunda geração, utilizado com frequência para reduzir a irritabilidade e a agressividade dos pacientes. O uso desse medicamento deve ser acompanhado, pois, sua utilização pode causar efeitos adversos como ganho de peso, alterações hormonais, sedação, alterações motoras, entre outros. A Fluoxetina é um antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), usado especialmente para ajudar a reduzir comportamentos obsessivo-compulsivos e a ansiedade, mas que pode causar efeitos adversos como náuseas e vômito, cefaleia, alteração de apetite, irritabilidade e etc. Por último, a Levotiroxina é um medicamento empregado para o tratamento do hipotireoidismo com o objetivo de garantir o crescimento físico e o desenvolvimento intelectual normal da paciente. Aliado ao tratamento farmacológico, o tramento psicológico com a Psicoterapia Individual é imprescindível para fortalecer o desenvolvimento social, emocional e comportamental. Uma equipe multidisciplinar, trabalhando de forma eficiente, pode aprimorar a cognição verbal, cognição não-verbal, linguagem, motricidade grosseira, motricidade fina e autonomia prejudicada devido ao TEA em comorbidade, como no caso de Joana.
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