A TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE MASLOW, O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E SUAS EXPECTATIVAS DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO

Autores

  • Tais Regina Machado da Silva
  • Juliana Eduarda Balestro
  • Martha Luísa Back
  • Kamila Eidt Nogueira
  • Thácila Pavan Barbosa UNOESC
  • Guilherme Baseggio
  • Ana Maria Martins Moser

Resumo

INTRODUÇÃO: A Enfermagem vai muito além do processo de cuidar, suas ações baseiam-se  em fundamentos, sentimentos e ações dos integrantes da equipe, o ambiente torna-se espelho das relações pessoais e sociais. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais da A Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow no processo de cuidar, tornando-a mais humanizada.  Maslow classifica hierarquicamente sua teoria em cinco níveis, a qual define que o ser humano precisa de um conjunto de condições básicas para chegar a um nível de bem estar. Assim as pessoas criam identidade própria, modos de viver e cuidar. Diante destes questionamentos, a (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresentam uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada, resultando em cuidados inadequados ao paciente. OBJETIVO: Relacionar a teoria de Maslow referente a hierarquia das necessidades humanas básicas enfatizando o profissional enfermeiro e suas expectativas dentro do ambiente de trabalho e a interferência na qualidade de assistência prestada ao paciente. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática, baseada em pesquisas bibliográficas disponíveis em bibliotecas virtuais. Analisaram-se estudos dos últimos 20 anos, com o intuito de aprofundar o conhecimento a respeito da Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow, relacionado ao profissional Enfermeiro. Esta atividade foi proposta pelo componente curricular de Gestão de Serviços de Assistência Primária, do curso de Bacharelado em Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A teoria de Maslow classifica-se em cinco níveis, definindo que o ser humano necessita de um conjunto de condições básicas para alcançar o bem estar. A base da pirâmide é constituída das necessidades fisiológicas, relacionados à sobrevivência do ser humano como: respirar, beber, comer, dormir e entre outras. Na sequência, a pirâmide traz as necessidades de segurança, remetendo a proteção individual, essa necessidade é vinculada ao trabalho garantindo estabilidade e segurança. A terceira posição é ocupada pelas necessidades sociais, apresentam-se o recebimento de amor, carinho e inclusão aos grupos sociais, bem como a relação de harmonia com os indivíduos. Em seguida, estão as necessidades de estima que se referem ao nosso próprio conhecimento pelas atividades que realizamos, sentindo orgulho de si e também sendo reconhecidos pelos outros, cultivando um sentimento de respeito e importância para o meio em que vivemos. No topo da pirâmide estão localizadas as necessidades de auto-realização, que pode ser explicada pelo fato do indivíduo fazer o que gosta no trabalho, praticar atividades de lazer e também, pode estar relacionada com a autonomia e autocontrole sobre sua vida. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais de Maslow no processo de cuidar. Aplicando essa teoria na profissão da enfermagem, o enfermeiro é o responsável pelo planejamento das intervenções de cuidado. Com isso, Wanda trouxe para a enfermagem a observação, interação e intervenção junto ao cliente para satisfazer suas necessidades humanas básicas. Os enfermeiros precisam ter suas necessidades básicas garantidas para realizar com qualidade o cuidado ao paciente, destacando-se as necessidades sociais, associando boa convivência em equipe e a união entre os colegas de profissão, fazendo com que o enfermeiro sinta-se parte desse grupo social. As necessidades de estima também precisam ser reforçadas, pois os enfermeiros possuem responsabilidades pelos pacientes e pela equipe em que trabalham, é essencial sentir-se seguro e preparado para atuar na profissão, baseando-se sempre no conhecimento, somente assim, é possível ser reconhecido no ambiente de trabalho, transmitindo segurança e respeito para a equipe e pacientes. A auto-realização está intrinsecamente relacionada com a valorização profissional, além de fazer o que gosta, é necessário que o enfermeiro seja reconhecido, tenha horários justos de trabalho e seja devidamente remunerado para conciliar suas realizações pessoais, atividades de lazer e planejamento sobre sua rotina. Os profissionais de enfermagem muitas vezes desenvolvem suas funções com base em normas, de forma repetitiva e sobrecarregada pelas inúmeras responsabilidades, o resultado disso é um serviço mecanizado, em que o cuidado prestado acaba sendo de forma generalista e não individualizado, realizando uma assistência no modo automático e sem alcançar seus objetivos, frustrando-se com suas atividades. Os desejos, objetivos e a esperança da equipe de enfermagem contribuem para o desenvolvimento do ambiente, e quando não supridas acabam interferindo no cuidado prestado ao paciente. Para isso, é necessário que quem cuida também seja cuidado, melhorando a qualidade de vida e a saúde mental dos profissionais, pois é impossível ter a satisfação dos pacientes, sem que a equipe de enfermagem esteja satisfeita com as condições e dinâmicas do trabalho. A (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresenta uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada. Quando valorizados, os profissionais se sentem mais motivados, mantendo um compromisso assíduo com a instituição que vai refletir no bom andamento das atividades, implicando de forma positiva  no seu bem estar pessoal. Já quando insatisfeitos há grande probabilidade de afetar todo o processo desenvolvido, com resultados degradantes e ao longo do tempo preocupantes. CONCLUSÃO: É necessário ter um olhar de valorização aos trabalhadores, buscar estratégias para mantê-los em equilíbrio, para que haja satisfação e estímulo dentro do ambiente de trabalho, buscando resultados positivos entre setores, o que produzirá um ambiente mais agradável. Relacionando a enfermagem com a Teoria de Maslow, as necessidades de estima são as mais importantes dentro de uma equipe, entretanto, nem sempre o colaborador consegue se sentir respeitado e valorizado dentro de seu ambiente de trabalho, e caberá aos líderes e gestores, buscarem formas de fazer com que o funcionário sinta prazer, sendo reconhecido perante seus desempenhos.

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Publicado

2022-09-16

Como Citar

Machado da Silva, T. R., Balestro, J. E., Back, M. L., Eidt Nogueira, K., Pavan Barbosa, T., Baseggio, G., & Martins Moser, A. M. (2022). A TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE MASLOW, O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E SUAS EXPECTATIVAS DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO. Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc São Miguel Do Oeste, 7, e30842. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/30842

Edição

Seção

Área das Ciências da Vida e Saúde – Resumos expandidos