SÍNDROME DE AMOK: SEUS REFLEXOS NA PSICOLOGIA E NO DIREITO
Resumo
Conforme Zunin (2008) a síndrome de Amok é definida pela psiquiatria como uma explosão súbita e espontânea de raiva intensa, que leva o indivíduo a atacar indiscriminadamente outros seres vivos (pessoas e animais) que aparecerem no seu caminho. Por fim, o indivíduo que sofre com essa síndrome comete suicídio. Um exemplo típico de Síndrome de Amok seria um indivíduo silencioso e sem indicações anteriores de violência, que de repente, lança-se em explosões frenéticas sobre as outras pessoas ao seu redor em uma área lotada, talvez com uma arma. Às vezes, isso acaba com o indivíduo sendo assassinado ou cometendo suicídio. Amok é uma palavra, que no meio psiquiátrico, segundo Zunin (2008), concerne às denominadas Culture Bound Syndromes (CBS), ou seja, às síndromes ligadas à cultura, um conceito criado pelo psiquiatra chinês P. M. Yap, em 1965, e que designa as síndromes exóticas e raras de povos primitivos, merecendo nos compêndios de psiquiatria apenas uma menção a título de curiosidade. De acordo com etnólogos e etnopsiquiatras que puderam estudar o fenômeno nos países asiáticos, a síndrome de Amok muitas vezes é desencadeada por grandes frustrações. Um homem que sofreu humilhações, derrotas ou desonras públicas pode, assim, com o peso da sociedade e das tradições, ser afetado por essa forma de loucura furiosa feita de vingança e autodestruição (ZUNIN, 2008).
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