VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL ASSOCIADA AOS FATORES FÍSICOS – VIGIFIS
Resumo
Introdução: A saúde ambiental é composta por aspectos da saúde humana, como a qualidade de vida, determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN
SERVICES, 1998). É definida como uma relação entre o ambiente e o padrão de saúde de uma população. Atualmente, um dos maiores desafios aos pesquisadores, é investigar quais as relações entre as transformações ambientais globais e seus impactos à saúde da população (TAMBELLINI, 1998). Com base nisso, existe a Vigilância em Saúde Ambiental (VSA), na qual consiste em um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, possui como finalidade a identificação de medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Dentro da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), as áreas de atuação são: Vigilância da qualidade da água para consumo humano (Vigiágua); Vigilância em saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos (Vigiar); Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos (Vigipeq); Vigilância em saúde ambiental relacionada aos riscos decorrentes de desastres (Vigidesastres) e Vigilância em saúde ambiental relacionada aos fatores físicos (Vigifis) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). A VIGIFIS atua desenvolvendo modelos de vigilância em saúde ambiental, relacionados à exposição humana e à radioatividade natural elevada. Como resposta às demandas cada vez maiores da população e de profissionais da saúde em regiões com alta concentração de minérios radioativos; bem como na preparação, prevenção e resposta do setor saúde em casos de emergências rádio nucleares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020) Objetivo: A VIGIFIS tem como objetivo a proteção da saúde da população decorrente da exposição a radiações Ionizantes (RI) e não ionizantes (RNI), que se caracterizam pela fonte de exposição, e não pela natureza da radiação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Metodologia: Esse trabalho foi realizado através de um estudo exploratório descritivo, com o intuito de entender o que é o VIGIFIS e no que a sua existência implica. Através de artigos relacionados com o assunto foi realizado uma observação e análise do conhecimento apresentado na elaboração das publicações utilizadas para o desenvolvimento desta pesquisa. Resultados e discussão: A relação do indivíduo com fatores ambientais (fatores químicos, físicos e biológicos) influenciam sua saúde e está relacionada com aspectos do desenvolvimento social, cultural e econômico. Fatores como localização do domicílio, qualidade da moradia, disponibilidade de meios de transporte interferem no acesso a bens e amenidades ambientais (ar puro, áreas verdes e água limpa) e na exposição a riscos ambientais (enchentes, deslizamentos e poluição), sendo desiguais entre os segmentos sociais e as pessoas (TORRES, 1997). Deve haver interação entre os modelos de vigilância para que ocorra um fortalecimento institucional e rastreamento de questões e problemas. A estruturação da vigilância em saúde ambiental e da saúde do trabalhador no SUS necessita um processo de definição, pactuação social e projeto estratégico que esteja fundamentado na promoção da saúde a partir das ações de vigilância. Deve ser definido qual o papel da sociedade para que ocorra redução de riscos e vulnerabilidades, determinando, como um processo de comunicaçãointeração com a comunidade, sendo que a gestão do território, do processo de produção e de consumo permaneça pautada na agenda política das comunidades, incorporando as questões sanitárias no cenário da sustentabilidade social e ambiental (MACHADO et al, 2011). Devemos nos perguntar se futuramente a vigilância irá mesmo ser capaz de fazer a vigilância, administrar riscos e interferir em situações concretas para proteger a população que está sendo dirigida para um autogerenciamento de saúde em um meio ambiente que pode causar problemas de saúde que ela mesma deve cuidar e administrar (AUGUSTO, 2003). Uma das alternativas adotadas pelo VIGIFIS, é a delimitação de áreas de risco para gerir os possíveis efeitos nocivos da exposição à essas radiações. O Sistema de Informação adotado para o fim de vigilância em saúde ambiental relacionado a fatores físicos é dotado de capacidade de análise convencional e espacial, a fim de possibilitar a determinação de limites territoriais próximos aos pontos de radiação com o objetivo de avaliar o risco em uma determinada área. O VIGIFIS tem como proposta o desenvolvimento progressivo de um modelo de atuação à exposição prolongada a campos eletromagnéticos (emitidos por infraestrutura e serviços de fornecimento de energia elétrica e telecomunicações) bem como a vigilância de fontes radioativas. O programa atua sob o Princípio da Precaução, garantindo uma postura preventiva aos riscos relativos à saúde humana frente à continuidade dos abastecimentos dos serviços necessários à sociedade (SUVISA - SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2020). Considerações finais: Portanto, a VIGIFIS é importante para realizar a proteção da saúde dos profissionais que estão expostos a radiações. Existem fatores ambientais que influenciam o adoecimento das pessoas, como por exemplo, poluentes químicos que contaminam água e alimentos, além do local de moradia que também interfere na qualidade de vida das pessoas. Se faz necessário que sejam realizadas análises para avaliar determinada área que possa estar exposta e adotar medidas que possam diminuir os riscos e exposições à saúde das pessoas que precisam ficar no local ou trabalham em lugares de risco.
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