MOVIMENTO ESTUDANTIL: RELATO DE INTERVENÇÃO URBANA NA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Autores

  • Willian Gemelli Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

O suicídio é um fenômeno que ocorre em todas as regiões do mundo. Estima-se que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio, o que dá uma média de mais de 2000 casos por dia, ou um a cada 40 segundos. A cada adulto que se suicida, pelo menos outros 20 atentam contra a própria vida. Segundo a Organização das Nações Unidas no Brasil (ONUBR), entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte. Ainda que o cenário seja alarmante, o suicídio pode ser prevenido. Um dos meios para tanto é encontrar, em cada contexto, os fatores e influências específicas. “Sabe-se que o fenômeno do suicídio é complexo, influenciado por vários fatores, e que generalizações de fatores de risco são contraproducentes” (BRASIL, 2017, p. 2). Mesmo havendo meios para prevenção, o estigma em relação ao tema impede a procura de ajuda. Inclusive, tem se evitado dialogar sobre o assunto, uma vez que se correlacionou a fala como gatilho ou motivação para se consumar o ato suicida. Mas, “sabe-se que falar de forma responsável sobre o fenômeno do suicídio opera muito mais como um fator de prevenção do que como fator de risco, podendo, inclusive, se contrapor a suas causas”. (BRASIL, 2017, p. 2) Considerando a realidade contemporânea que envolve o suicídio na região Extremo Oeste de Santa Catarina, identificada com altos índices de suicídio (PETTER; HOCH, 2016), o Centro Acadêmico do Curso de Psicologia (CAP) da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Pinhalzinho buscou desenvolver ações na comunidade para conscientização e prevenção ao suicídio. Desenvolveu-se uma roda de conversa com o grupo LEO Clube Omega Pinhalzinho com a finalidade de dialogar sobre o fenômeno do suicídio e orientá-los a respeito da identificação de possíveis sinais de suicídio, uma vez, a saber, que o próprio grupo desenvolve ações para prevenção ao suicídio. Ainda, o CAP realizou uma intervenção urbana na praça central no município de Pinhalzinho com o propósito de orientar a população sobre o fenômeno do suicídio e o cenário regional. A intervenção consistiu em elaboração e distribuição de folders e cartazes informativos no tocante ao suicídio bem como a possibilidade de diálogo com os acadêmicos a respeito do tema no local de intervenção. Ambas ações ocorreram de forma satisfatória, com efeitos positivos ao público atingido, tanto pelo grupo quanto pela comunidade em geral. Observa-se uma intensificação de práticas preventivas ao suicídio desenvolvidas através de políticas públicas nos últimos anos, no entanto, considerando a seriedade da realidade contemporânea, especialmente regional, salienta-se que a Psicologia possa desenvolver práticas que aproximem o seu Saber e Fazer da comunidade em geral, fazendo cumprir com seu compromisso social e as questões concernentes ao sofrimento humano.

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Referências

BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico 2017. Acessado em: 21/12/2018. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/2017-025-Perfil-epidemiologico-das-tentativas-e-obitos-por-suicidio-no-Brasil-e-a-rede-de-aten--ao-a-sa--de.pdf

PETTER, Abel; HOCH, Verene Augustin. Autópsia psicológica familiar: compreendendo o perfil epidemiológico e biopsicossocialdo suicídio. Unoesc & Ciência - ACHS Joaçaba, v. 7, n. 2, p. 161-168, jul./dez. 2016.Acessado em: 21/12/2018. Disponível em:https://editora.unoesc.edu.br/index.php/achs/article/view/11977/pdf

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Publicado

2019-02-11

Como Citar

Gemelli, W. (2019). MOVIMENTO ESTUDANTIL: RELATO DE INTERVENÇÃO URBANA NA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO. Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc São Miguel Do Oeste, 4, e20187. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/20187

Edição

Seção

Área das Ciências da Vida e Saúde – Resumos expandidos