QUALIDADE DE VIDA E A FADIGA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA DUPLA JORNADA DE TRABALHO: NOTA PRÉVIA

Autores

  • Kelen Antunes
  • Ismael Mees
  • Crhis Netto de Brum
  • Samuel Spiegelberg Zuge Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Introdução: a falta de qualidade de vida é considerada um sinal de alerta para a saúde dos profissionais da enfermagem, no qual mostra como é desgastante a sobrecarga no cotidiano principalmente quando se tem jornada dupla de trabalho, sendo um fator que interfere diretamente e indiretamente o desenvolvimento do seu trabalho e no seu cotidiano de vida (LUONGO; FREITAS,2012). Conforme Vilarta e Gonçalves (2004) a sociedade, a empresa e o próprio trabalhador pouco se questionam acerca das responsabilidades sobre a saúde dos envolvidos no processo de produção. Revendo este apontamento nas vivencias que se observa, muito se diz verdade, mesmo sendo os trabalhadores da área da saúde, deixam para depois o ato de se cuidar, pois no momento estão com objetivo em outras situações. Normalmente, espera-se que o trabalhador de maneira alguma fique doente e que concentre toda a sua energia fazendo suas obrigações como trabalhador. De acordo com alguns estudos realizados, tanto no Brasil, como fora do país, pode-se observar que ocorreu um aumento significativo em distúrbios musculoesqueléticos, nas estatísticas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Os dados disponíveis na integra, mostram que mais de 80% dos diagnósticos deste tipo de distúrbios acabaram resultando em concessão de auxílio-acidente e também em aposentadoria por invalidez pela Previdência Social, depois dos anos de 1980. E destes dados em particular a grande porcentagem é entre os profissionais especificamente da área de enfermagem onde o ambiente de trabalho e as condições que se tem no âmbito de trabalho condiz com este número elevado de distúrbios, entre muitos outros problemas. Objetivo: analisar a relação da qualidade de vida com a capacidade para o trabalho e a fadiga dos profissionais de enfermagem que tem dupla jornada de trabalho. Método: estudo descritivoexploratório, de cunho quantitativo. Para a realização de uma pesquisa quantitativa deve-se considerar “que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, desvio-padrão, coeficiente de correlação, [...] etc.)” (MORESI et al, 2013). A população do estudo será de enfermeiros e técnicos e enfermagem de um hospital do extremo oeste de Santa Catarina. Serão incluídos os trabalhadores enfermeiros e técnicos de enfermagem na qual possuem dupla jornada de trabalho, de ambos os sexos e que tenham mais de 18 anos de idade. Serão excluídos os trabalhadores que não apresentarem ao menos 30 dias como dupla jornada de trabalho. A coleta de dados acontecerá no período de agosto a setembro de 2017. O projeto recebeu a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOESC/HUST, parecer: 2.192.149. O TCLE será apresentado e assinado em duas vias, de igual teor, uma ficará de sua posse, e a outra, de posse do pesquisador responsável. A pesquisa terá o compromisso com a privacidade e a confidencialidade dos dados utilizados, preservando o anonimato dos sujeitos de pesquisa. Farão parte da amostra do estudo um total de 100 profissionais. Será utilizado o método amostragem do tipo por conveniência, definido como aquele em que o pesquisador escolhe os elementos disponíveis, considerando que estes possam revelar o universo. Os indivíduos empregados nessa pesquisa são selecionados porque eles estão prontamente disponíveis, não porque eles foram selecionados por meio de um critério estatístico. Geralmente essa conveniência representa uma maior facilidade operacional e baixo custo de amostragem (MAROTTI et al., 2008). Primeiramente, será realizado o convite para os profissionais, o qual será agendados data e horário para a realização da coleta de dados. As entrevistas poderão ser realizadas nas dependências do próprio hospital, em uma sala que garanta a privacidade e sigilo das informações respondidas através do questionário autoaplicável que será entregue a eles, ou ainda nas dependências da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Campus São Miguel do Oeste, em uma sala de aula que será agendada com antecedência com a coordenação do curso de enfermagem. Os dados serão digitados no software Epi-info, e após a verificação de erros e inconsistências será analisado por meio do programa SPSS, versão 18.0 for Windows. Serão realizadas análises descritivas e de frequência para as questões que envolvem o instrumento de pesquisa. E ainda será realizado análises de correlação entre os escores obtidos nas escalas Escala WHOQOLBREF (domínios), do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e da Escala de Fadiga de Chald. A avaliação da correlação juntamente com a ligação com duas variáveis tem como intuito avaliar o índice entre elas, abordando consequentemente o coeficiente de correlação (r), tendo como entendido o valor entre -1 < r < 1. O aparecimento do “r” em valor positivo demonstra que as variáveis estão relacionadas diretamente, e o surgimento do “r” em resultado negativo, denota que as variáveis estão relacionadas inversamente (BISQUERRA; SARRIELA, MARTINEZ, 2004). Resultados esperados: espera-se identificar as relações entre a qualidade de vida e a capacidade para o trabalho e a fadiga, para assim, porpor ações que proporcionem um melhor qualidade de vida aos profissionais da enfermagem.

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Biografia do Autor

Samuel Spiegelberg Zuge, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem pelo PPGENF Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS). Mestre em Enfermagem pela UFSM/RS. Licenciado em Educação pelo curso de Formação de Professores para a Educação Profissional da UFSM/RS e Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde pela UFSM. Pesquisador colaborador do Grupo de Pesquisa em Psicologia da Saúde da UFRGS e participante do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Saúde e Cuidado da UFFS. Bolsista de Doutorado/CAPES. Professor colaborador da Universidade do Estado de Santa Catarina. Professor Efetivo da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Campus SMO. Tem experiência profissional na área da Enfermagem com ênfase em Clínica Cirúrgica e Médica, Centro Cirúrgico, CME e Sala Recuperação Anestésica. Atua nos seguintes temas: abordagem quantitativa, saúde do adulto e idoso,Centro Cirúrgico, Diagnóstico de Enfermagem, Processo de Enfermagem, Condições Crônicas de Saúde, Adesão ao tratamento medicamentoso e questões relacionadas a vulnerabilidade.

Referências

LUONGO, Jussara; FREITAS, Genival Fernandes de.[org].

Enfermagem do trabalho. São Paulo: Ridel,2012

GONÇALVES, Aguinaldo; VILARTA, Roberto. Qualidade de vida e atividade

física: explorando teorias e práticas. Barueri, São Paulo: Manole, 2004, 287 p

BISQUERRA, Rafael; SARRIERA, Jorge Castellá; MARTÍNEZ, Francesc. Introdução

à estatística: enfoque informático com o pacote estatístico SPSS. Ed Atmed,

Porto Alegre, 2004.

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Publicado

2017-11-29

Como Citar

Antunes, K., Mees, I., Brum, C. N. de, & Zuge, S. S. (2017). QUALIDADE DE VIDA E A FADIGA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA DUPLA JORNADA DE TRABALHO: NOTA PRÉVIA. Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc São Miguel Do Oeste, 2, e15796. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/15796

Edição

Seção

ACV Resumos expandidos