Escolas de período integral: como unir o lúdico com o científico por meio da tecnologia

Autores

  • Rosicler Felippi Puerari
  • Luiz Henrique Schutz
  • Helga Corrêa Dal Bó Marin

Resumo

A educação integral remete à formação escolar, reconhecendo o educando como um ser que precisa de orientações e concepções de forma ampla, sem dispensar o cognitivo, proporcionando a aprendizagem e o desenvolvimento de diversas linguagens e habilidades. Ao se tratar de escola em período integral, nota-se um ensino assistencialista, que cumpre pouco sua função. De acordo com a realidade das escolas de período integral, do trabalho que realizam e das metodologias utilizadas, pretende-se propor um trabalho integrado com uso de tecnologias de forma lúdica.  Para tanto, é possível afirmar que a dificuldade de unir o lúdico e a tecnologia  em uma escola de período integral se apresenta em mesmo grau que nas escolas regulares. E, de modo geral, está na dificuldade do trabalho com recursos que não fizeram parte de seu aprendizado ou de sua formação inicial, ou seja, há pouco conhecimento e segurança para um trabalho de forma lúdica.  Pela deficiência na formação ou por questões de gestão, o profissional da educação não aproveita o potencial desse recurso metodológico. Não havendo o conhecimento do desenvolvimento infantil, nem leitura científica sobre o funcionamento cerebral ou sobre as necessidades biológicas e psicológicas dos alunos, havendo apenas adequações empíricas das atividades, o lúdico na educação toma caráter de brincadeira, com o intuito de passatempo. De modo semelhante, a tecnologia não contribui para a aprendizagem quando é vista como ocupação e entretenimento de momentos “ociosos” no período escolar. Contudo, encontra-se nessa fusão o desafio maior, propor formas possíveis de trabalho lúdico com tecnologia, na escola e, de modo especial, na escola com horário ampliado. Não se pode perder de vista ainda questões importantes a considerar quando se fala de aprendizado e de ensino. Uma delas é que um não acontecesse dissociado do outro, entendendo que se houver melhora no ensino e seus componentes, o profissional, sua formação, a metodologia que adota, os recursos que possui e a gestão escolar, a melhora no aprendizado também será possível. Outra é o ensino científico que se apresenta frágil em muitas ocasiões pelos motivos citados anteriormente ao se falar de ludicidade. Deixar o senso comum e invadir o conhecimento científico é outro desafio ao docente e, posterior, ao aluno. Contudo, para a educação integral, entendida como educação completa e irrestrita, esses eixos necessitam estar em harmonia e consonância ou haverá prejuízo no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Escola de período integral. Tecnologia. Lúdico. Formação profissional.

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Publicado

2012-06-01

Como Citar

Felippi Puerari, R., Schutz, L. H., & Corrêa Dal Bó Marin, H. (2012). Escolas de período integral: como unir o lúdico com o científico por meio da tecnologia. Unoesc & Ciência - ACHS, 3(1), 77–88. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/1654