AUTÓPSIA PSICOLÓGICA FAMILIAR: COMPREENDENDO O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E BIOPSICOSSOCIAL DO SUICÍDIO
Resumo
Compreender o perfil epidemiológico e biopsicossocial das mortes por suicídio em um contexto familiar e em uma determinada região é fundamental para que se possa pensar em um estudo interpretativo das possíveis causas que estejam contribuindo para o fenômeno, a fim de que se possam elaborar métodos eficientes para a sua prevenção. Neste estudo analisou-se o perfil epidemiológico de 186 casos de suicídio ocorridos no Extremo-Oeste de Santa Catarina, no período de 2010 a 2015, e, por meio da autópsia psicológica familiar, foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada com 12 famílias, que compreendeu os aspectos biológicos, psicológicos e sociais envolvidos no fenômeno do suicídio. Os índices de suicídio apresentaram um total de 85% em homens e de 15% em mulheres; as faixas etárias em que mais ocorreram as mortes estão entre 41 e 60 anos de idade, somando 86 casos no período estudado. Em relação aos meios empregados, o enforcamento representa 76%, seguido por arma de fogo com 8,6%, intoxicação exógena, 3,76% e arma branca, 3,24%. O Extremo-Oeste catarinense apresenta altos índices de mortalidade por suicídio, estando acima da média nacional e estadual, sendo comparável aos maiores do País, o que se tem como evidência a ser investigada em estudos seguintes.
Palavras-chave: Suicídio. Autópsia psicológica. Perfil epidemiológico.