AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO EXTRATO BRUTO DE PARAPIPTADENIA RIGIDA (ANGICO), PLINIA EDULIS (CAMBUCÁ) E LUEHEA DIVARICATA (AÇOITA)

Autores

  • Julia Turra Ribeiro Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
  • Geisson Marcos Nardi UNOESC

Resumo

A prescrição de fármacos para controle do processo inflamatório é prática comum do odontólogo. Apesar de amplamente utilizados, os fármacos anti-inflamatórios apresentam uma série de efeitos colaterais que inviabilizam seu uso por uma parte significativa de pacientes. Portanto, a pesquisa de novas drogas que reduzam a inflamação se torna necessária, buscando compostos que sejam mais bem tolerados. O processo inflamatório é um evento que, em geral, visa reparar algum dano tecidual, porém, em muitos casos, pode se tornar crônico, lesionando órgãos e tecidos. Muitas plantas são utilizadas empiricamente no tratamento de doenças, sem que seu efeito seja estudado ou comprovado. Objetivou-se, com este trabalho, avaliar se os extratos brutos de Parapiptadenia rigida (Angico), Plinia edulis (Cambucá) e Luehea divaricata (Açoita) apresentam efeito anti-inflamatório, já que essas plantas são utilizadas na medicina popular, mas sem comprovação científica. Os modelos experimentais utilizados foram o edema de pata em camundongos e contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. Os resultados mostraram que o extrato de Plinia edulis não possui efeito anti-inflamatório, pois o tratamento prévio nos animais não foi capaz de reduzir o edema de pata induzido pela carragenina. O extrato bruto hidroalcoolico (EBH) de Parapiptadenia rigida apresentou uma resposta anti-inflamatória dose-dependente, reduzindo o edema de pata induzido pela carragenina em 74,5%, na dose de 300 mg/Kg, e em 31,5%, na de 100 mg/Kg. O EBH da casca de Parapiptadenia rigida foi mais efetivo na redução das contorções do que o da folha. E a fração aquosa da Luehea divaricata foi a mais efetiva em reduzir as contorções induzidas pelo ácido acético. Assim, conclui-se que o extrato de P. rigida apresenta efeito anti-inflamatório pela redução do edema e das contorções abdominais e a fração aquosa da açoita possui um efeito em reduzir as contorções abdominais.

Palavras-chave: Anti-inflamatório. Plantas medicinais. Edema de pata. Contorções abdominais. Antiedematogênico.

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Biografia do Autor

Geisson Marcos Nardi, UNOESC

Formado em FARMACIA pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), com mestrado (2002) e doutorado (2011) em farmacologia pela mesma instituição. Atualmente atua como professor da UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA e coordenador ciêntífico - Laboratório de Atividade Biológica de Substâncias. Exerce atividades de pesquisa na área de farmacologia com ênfase no estudo de compostos bioativos derivados de plantas medicinais com atividade analgésica, antioxidante, antiinflamatóra e cardiovascular. Além disso, investiga também as alterações cardiovasculares resultantes do processo infeccioso durante o choque séptico.

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Publicado

2015-09-01

Como Citar

Ribeiro, J. T., & Nardi, G. M. (2015). AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO EXTRATO BRUTO DE PARAPIPTADENIA RIGIDA (ANGICO), PLINIA EDULIS (CAMBUCÁ) E LUEHEA DIVARICATA (AÇOITA). Ação Odonto, 3(1), 18. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/7207

Edição

Seção

Resumo Categoria II