FUNCIONALIDADE DE MEMBROS SUPERIORES E QUALIDADE DE VIDA EM MASTECTOMIAS TARDIAS
Resumo
O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete as mulheres e seu tratamento pode desencadear alterações físicas, emocionais, sociais e psicológicas. Com este estudo, objetivou-se avaliar a capacidade funcional e a qualidade de vida (QV) de mulheres submetidas à mastectomia no pós-operatório tardio. Para isso, a avaliação constituiu-se da mensuração da amplitude de movimento (ADM) em flexão e abdução de ombro, aplicação da escala de Karnofsky e do questionário de Qualidade de Vida FACT – B + 4 (Functional Assessment of Cancer Therapy – Breast plus Arm Morbidity). Foram avaliadas 99 mulheres mastectomizadas, com idade média de 52 anos (± 11,01), por um período de 20 meses. Observou-se redução de ADM nos movimentos de flexão e abdução de ombro no membro homolateral à cirurgia, sendo considerada estatisticamente significativa. Na escala de Karnofsky, nenhuma das participantes apresentou índice menor que 50, e a maioria se classificou com o índice de 90. Na QV, os domínios físico e emocional apresentaram-se mais comprometidos. Evidenciou-se que as mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico do câncer de mama demonstraram comprometimentos na capacidade funcional, entretanto, não tiveram piora extrema na QV no pós-operatório tardio. As disfunções relacionadas à patologia e aos procedimentos terapêuticos são consideradas pertinentes para a indicação de tratamento multidisciplinar, o que pode interferir positivamente nesses casos específicos.
Palavras-chave: Neoplasias da mama. Mastectomia. Qualidade de vida. Fisioterapia.