CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE, SINTOMATOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO
Resumo
O câncer de mama é frequente e envolve diversas possibilidades terapêuticas, entre elas a mastectomia, que pode repercutir negativamente em alguns aspectos funcionais de membros superiores e, consequentemente, na qualidade de vida. Com este estudo, pretendeu-se quantificar a mobilidade dos membros superiores e a qualidade de vida, bem como descrever as possíveis sequelas funcionais apresentadas pelas pacientes no pós-operatório tardio de mastectomia. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, cuja amostra foi constituída por 99 pacientes mastectomizadas, de outubro de 2012 a junho de 2014. Foi realizada mensuração por meio da perimetria, FACT B+4, escala de sintomas de Edmonton e linfedema de FOLDI. A perimetria apresentou diferença estatisticamente significativa entre o membro homo e contralateral ao procedimento; quanto à qualidade de vida, as pacientes demonstraram média de pontuação de 99,54, o que demonstra que não houve piora expressiva. Na sintomatologia, os menores escores (com menor sintomatologia) foram para depressão e falta de ar, e os maiores (com pior sintomatologia) foram para apetite, bem-estar e ansiedade na escala de sintomas de Edmonton; na escala de linfedema, segundo Foldi, todas estavam em grau I. A maioria absoluta das pacientes avaliadas não demonstrou graves sequelas funcionais, bem como não teve piora extrema na qualidade de vida no pós-operatório tardio, porém, algumas apresentaram aspectos relevantes e pertinentes para a indicação de tratamento prolongado multidisciplinar. O fato de todas estarem em acompanhamento com a equipe de saúde parece ter interferido positivamente nesses quesitos.
Palavras-chave: Neoplasia de mama. Mastectomia. Qualidade de vida.