DESLOCAMENTO DO DISCO ARTICULAR SEM REDUÇÃO
Resumo
As desordens temporomandibulares (DTM) referem-se a um conjunto de condições que afetam
os músculos da mastigação e/ou a articulação temporomandibular (ATM). O deslocamento
do disco da articulação temporomandibular tem sido definido como uma relação anormal do
disco articular com o côndilo mandibular, fossa e eminência articulares. O objetivo deste estudo
foi relacionar os conceitos e características do deslocamento do disco articular sem redução.
O estudo foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico no qual se constatou que
os sinais e os sintomas das disfunções musculares e articulares relacionados à articulação
temporomandibular e à mastigação são considerados como um grupo heterogêneo de
problemas de saúde relacionados à dor crônica. O deslocamento de disco com redução pode
ter uma evolução de agravamento fisiopatológico para o deslocamento de disco sem redução,
caracterizado pelo deslocamento permanente do disco articular. Um dos sinais mais frequentes
é o desvio da trajetória na abertura mandibular para a linha média do lado da articulação
afetada. Os côndilos não conseguem recapturar o disco com movimento; não há redução e
por isso não ocorrem ruídos articulares. Os tecidos retrodiscais são altamente inervados e
vascularizados, se o côndilo comprimir essa região, pode provocar dor, inflamação e efeitos
excitatórios. A abordagem terapêutica deve iniciar-se pelos métodos não invasivos, como a
terapia educacional do paciente, a terapia farmacológica, a terapia física e as goteiras oclusais.
Apenas quando essa abordagem não promove uma melhoria dos sinais e sintomas é que se
deve considerar avançar para uma abordagem cirúrgica. Ao fim do estudo, constatou-se que
são necessárias investigações futuras que foquem o estudo da biomecânica e dos eventos