PACIENTE PORTADOR DE HIDROCEFALIA
Resumo
Cada vez mais o atendimento multidisciplinar dos pacientes torna-se uma exigência, principalmente quando falamos em pacientes especiais. Pacientes com deficiência, frequentemente requerem maior atenção no que diz respeito ao atendimento odontológico, observando-se assim a necessidade de conhecermos determinadas doenças. A hidrocefalia é uma doença pouco conhecida pelo cirurgião-dentista, porém nos cabe saber como tratar estes pacientes. Esta é uma condição patológica em que ocorre dilatação ventricular associada à hipertensão intracraniana em razão do desequilíbrio entre a produção e absorção do líquido cerebrospinal (LCR). Na maioria dos casos é congênita, sendo classificada em comunicante e não comunicante, podendo ainda ser de pressão normal ou adquirida. O sinal mais característico da patologia é o aumento do perímetro cefálico. Atualmente, ela pode ser diagnosticada ainda no pré-natal, a partir do segundo trimestre de gestação por meio de exames de ultrassonografia. Entre os aspectos que despertam maior preocupação estão as possíveis sequelas apresentadas pelos pacientes após o tratamento, sendo uma das mais temidas o retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, fator limitante das potencialidades da criança e frequentemente causador de desajustes familiares e sociais. Quanto à saúde bucal, e a área de atuação do cirurgião-dentista, deve-se objetivar a prevenção – já que geralmente estes pacientes se apresentam inquietos e o tratamento curativo e emergencial é sempre mais difícil. Atenção também deve ser dada ao cuidador no intuito de capacitá-lo para melhor preservação da saúde bucal do paciente. Sendo assim, é de suma importância expandir o conhecimento sobre a hidrocefalia, analisando sua causa, diagnóstico, prognóstico, tratamento e suas sequelas na saúde bucal.
Palavras chave: Hidrocefalia. Saúde bucal. Prevenção.