MENSURAÇÃO DO PH E ACIDEZ TITULÁVEL DE BEBIDAS PRODUZIDAS EM SANTA CATARINA

Autores

  • Helena Jorge da Costa
  • Mariane Lazarotto Unoesc
  • Roberta Rosa

Resumo

A erosão tem sido descrita como a perda patológica e progressiva da estrutura dentária, causada por processo químico sem o envolvimento de ação bacteriana. Devido ao fato do pH crítico do esmalte dentário ser de aproximadamente 5,5, qualquer solução com pH inferior a esse poderá causar erosão, particularmente se o ataque for de longa duração e grande frequência. Com o aumento da oferta e da procura por produtos industrializados, rotineiramente surgem no mercado novos produtos, cujo potencial erosivo é desconhecido. Dessa forma, acredita-se na relevância de conhecer as propriedades erosivas de bebidas para que os cirurgiões-dentistas possam orientar seus pacientes quanto à dieta líquida ingerida e, consequentemente, minimizar seus efeitos nocivos sobre a estrutura dentária. O objetivo deste estudo foi avaliar o pH e a acidez titulável das bebidas fabricadas em Santa Catarina e ingeridas frequentemente no Meio-Oeste catarinense. A amostra foi composta por onze bebidas de diferentes marcas e sabores. Para a mensuração do  pH inicial foi coletado  amostras de 50 mL de cada bebida e os valores obtidos foram mediante o uso de peagâmetro. Para verificar a acidez titulável, foram adicionados alíquotas de 100 μL de hidróxido de sódio (NaOH) em 50 mL de cada bebida sob agitação constante até que pH das bebidas atingisse os valores de  5,5 e 7,0. As bebidas gaseificadas, o refrigerante e o energético, apresentaram a menor média de pH (2,81), seguidas dos sucos de fruta, que apresentaram a média (2,97). Concluímos que entre as bebidas analisadas, com exceção do Tirolzinho (Bebida láctea UHT sabor Chocolate) e Fibrallis Aveia (Bebida láctea UHT sabor Aveia), apresentaram o pH abaixo do crítico para o esmalte, consideradas assim bebidas potencialmente erosivas.

Palavras-chave: pH. Erosão dentária. Hábitos alimentares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Helena Jorge da Costa

A erosão tem sido descrita como a perda patológica e progressiva da estrutura dentária, causada por processo químico sem o envolvimento de ação bacteriana. Caracteristicamente a erosão é causada por exposição aos ácidos provenientes de bebidas, sucos de fruta, vinhos, refrigerantes, vinagre, ácidos orgânicos, principalmente o lático, cítrico e málico utilizados na indústria alimentícia. Devido ao fato do pH crítico do esmalte dentário ser de aproximadamente 5,5, qualquer solução com pH inferior a esse poderá causar erosão, particularmente se o ataque for de longa duração e frequência. Com o aumento da oferta e da procura por produtos industrializados, rotineiramente surgem no mercado novos produtos, cujo potencial erosivo é desconhecido. Desta forma, acredita-se na relevância de conhecer as propriedades erosivas destas bebidas para que os cirurgiões-dentistas possam orientar seus pacientes quanto à dieta líquida ingerida e consequentemente minimizar seus efeitos nocivos sobre a estrutura dentária. O objetivo desde estudo foi avaliar o pH e a acidez titulável das bebidas fabricadas em Santa Catarina e ingeridas frequentemente no meio oeste catarinense. A amostra foi composta por onze bebidas de diferentes marcas comerciais e sabores. Para a mensuração do  pH inicial foi coletado  amostras de 50 mL de cada bebida e os valores obtidos foram mediante o uso de peagômetro. Para verificar a acidez titulável, foram adicionados alíquotas de 100 μL de hidróxido de sódio (NaOH) em 50 ml de cada bebida até obter o volume total adicionado de base para que o pH das bebidas atingisse os valores de  5,5 e 7,0.

Mariane Lazarotto, Unoesc

A erosão tem sido descrita como a perda patológica e progressiva da estrutura dentária, causada por processo químico sem o envolvimento de ação bacteriana. Devido ao fato do pH crítico do esmalte dentário ser de aproximadamente 5,5, qualquer solução com pH inferior a esse poderá causar erosão, particularmente se o ataque for de longa duração e grande frequência. Com o aumento da oferta e da procura por produtos industrializados, rotineiramente surgem no mercado novos produtos, cujo potencial erosivo é desconhecido. Desta forma, acredita-se na relevância de conhecer as propriedades erosivas destas bebidas para que os cirurgiões-dentistas possam orientar seus pacientes quanto à dieta líquida ingerida e consequentemente minimizar seus efeitos nocivos sobre a estrutura dentária. O objetivo desde estudo foi avaliar o pH e a acidez titulável das bebidas fabricadas em Santa Catarina e ingeridas frequentemente no meio oeste catarinense. A amostra foi composta por onze bebidas de diferentes marcas e sabores. Para a mensuração do  pH inicial foi coletado  amostras de 50 mL de cada bebida e os valores obtidos foram mediante o uso de peagômetro. Para verificar a acidez titulável, foram adicionados alíquotas de 100 μL de hidróxido de sódio (NaOH) em 50 ml de cada bebida até obter o volume total adicionado de base para que o pH das bebidas atingisse os valores de  5,5 e 7,0. As bebidas gaseificada, o refrigerante e o energético, apresentaram a menor média de pH (2,81), seguidas dos sucos de fruta, que apresentaram a média (2,97). Concluimos que dentre as bebidas analisadas, com exceção do Tirolzinho (Bebida láctea UHT sabor Chocolate) e Fibrallis Aveia (Bebida láctea UHT sabor Aveia), apresentaram o pH abaixo do crítico para o esmalte, consideras assim bebidas potencialmente erosivas.

Palavras-chave: pH. Erosão dentária. Hábitos Alimentares.

Referências

AMARAL, Simone de Macedo; et. al. Lesões não cariosas: o desafio do diagnóstico multidisciplinar. Arquivos Int. Otorrinolaringol. vol.16 no.1 São Paulo Feb./Mar. 2012.

BIRKHED, D. Sugar content, acidity and effect on plaque pH of fruit juices, fruit drinks, carbonated beverages and sports drinks. Caries Res.1984; 18:120-7.

FREIRE, Maria do Carmo Matias; et. al. Guias alimentares para a população brasileira: implicações para a Política Nacional de Saúde Bucal. Cad. Saúde Pública vol.28 suppl. Rio de Janeiro 2012.

FUSHIDA, Claudia Emy; CURY, Jaime Aparecido. Estudo in situ do efeito da freqüência de ingestão de Coca-Cola na erosão do esmalte-dentina e reversão pela saliva. Rev Odontol Univ São Paulo vol.13 n.2 São Paulo Apr./June 1999.

HUEW, Rasmia; et. al. Dental caries and its association with diet and dental erosion in Libyan schoolchildren. International Journal of Paediatric Dentistry 2011; 22: 68–76.

KATO,Melissa Thiemi; et. al. Protective effect of green tea on dentin erosion and abrasion. J. Appl. Oral Sci. vol.17 no.6 Bauru Nov.Dec. 2009.

LEME, R. M. P. et al. Comparação in vitro do efeito de bebidas ácidas no desenvolvimento da erosão dental: análise por microscopia eletrônica de varredura. Biosci. J., Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 162-169, Jan./Feb. 2011.

MAGALHÃES, Ana Carolina; et. al. Chlorhexidine and green tea extract reduce dentin erosion and abrasion in situ. Journal of Dentistry Volume 37, Issue 12, Pages 994-998, December 2009.

SCARAMUCCI, Tais; et. al. Development of an orange juice surrogate for the study of dental erosion. Braz. Dent. J. vol.22 no.6 Ribeirão Preto 2011.

SILVA, Jeison Gabriel da; et. al. Mensuração da acidez de bebidas industrializadas não lácteas destinadas ao público infantil. Rev Odontol UNESP. 2012 Mar-Apr; 41(2): 76-80.

SOBRAL, Maria Angela Pita et. al. Influência da dieta líquida ácida no desenvolvimento de erosão dental. Pesqui. Odontol. Bras. vol.14 n.4 São Paulo Oct./Dec. 2000.

VERONA, Aline; OLIVEIRA, Alex Sandro Teixeira de; RODRIGUES, José Augusto; LIMA-ARSATI, Ynara Bosco de Oliveira. Avaliação do ph e da titrabilidade ácida de refrigerantes. Revista Saúde. v.5, n.1, São Paulo 2011.

ZERO, DT; LUSSI, A. Erosion – chemical and biological factors of importance to the dental practitioner. Int Dent J 2005; 55: 285-290.

LARSEN, MJ; NYVAD, B. Enamel erosion by some soft drinks and orange juices relative to their pH, buffering effect and contents of calcium phosphate. Caries Res. 1999;33(1):81-7

MOSS, SJ. Dental erosion. Int Dent J. 1998; 48:529–39.

Downloads

Publicado

2013-11-26

Como Citar

Jorge da Costa, H., Lazarotto, M., & Rosa, R. (2013). MENSURAÇÃO DO PH E ACIDEZ TITULÁVEL DE BEBIDAS PRODUZIDAS EM SANTA CATARINA. Ação Odonto, 1(1), 61. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/3831

Edição

Seção

Categoria TCC