DENTES DECÍDUOS
Resumo
Os dentes decíduos são importantes para as crianças, pois eles auxiliam no crescimento e desenvolvimento da maxila e mandíbula e músculos faciais, e, ainda, guardam espaço para os
dentes permanentes que irão substituí-los no futuro, direcionando-os para que nasçam em posição adequada. O propósito deste trabalho foi demonstrar algumas excentricidades relativas à dentição decídua, que colaboram e acrescentam conhecimento a qualquer intervenção que, posteriormente, possa ser feita em pacientes infantis. Assim, é imprescindível cuidar desses elementos antes mesmo de sua erupção, que se inicia com aproximadamente seis meses até os trinta meses. Os dentes decíduos apresentam uma série de diferenças entre a dentição permanente, a principal delas é o tamanho da coroa, ou seja, o diâmetro mesiodistal é maior que o cervicoincisal, o qual confere um aspecto aplanado, e, também, os dentes decíduos diferem dos permanentes no tamanho e no volume de sua raiz, que são bem maiores em relação à coroa, e ainda o teor de cálcio é menor nos dentes temporários. O processo de esfoliação desses dentes, muitas vezes, causa incômodo e sintomas dolorosos ao bebê, como, desejo irrefreável de morder objetos para aliviar a pressão das gengivas, dedos e mão na boca, salivação maior que a habitual, irritabilidade devido à dor, febre baixa como causa da inflamação. Ainda deve-se considerar a rizólise, que é o processo biológico natural de reabsorção das raízes de dentes decíduos, que acontece durante o crescimento e erupção dos dentes permanentes adjacentes. A cronologia do nascimento dos dentes decíduos é outro ponto a ser enfatizado, pois é um excelente fator de avaliação, mesmo que haja variações individuais, pode demonstrar um sinal de alguma anormalidade. Por intermédio de uma revisão de literatura percebe-se cada vez mais a necessidade de conhecimento das características anatômicas desses elementos para um tratamento endodôntico e estético preciso.
Palavras-chave: Dentes decíduos. Esfoliação. Anatomia dental.