Aumento de coroa clínica com envolvimento ósseo
Resumo
O excesso da exposição gengival pode ser causado pela hiperatividade do músculo elevador do lábio superior, crescimento vertical da maxila, aumento gengival como efeito de medicamentos e erupção passiva alterada. Existem técnicas de aumento da coroa clínica utilizadas em periodontia que se referem à excisão de tecidos moles por meio de gengivectomias ou remoção de tecido ósseo por intermédio de osteotomias e osteoplastias (técnicas a retalho), visando sempre ao restabelecimento do espaço biológico ou resultado estético. Os objetivos de um aumento da coroa clínica consistem em acesso à restauração de cáries subgengivais; possibilidade de tratamento restaurador com ou sem invasão do espaço biológico; possibilidade de manutenção higiênica das restaurações; melhora do contorno gengival estético e correção do plano oclusal. Existem duas formas de fazer a cirurgia de aumento de coroa clínica com envolvimento ósseo: uma técnica é invasiva e a outra é menos invasiva. Na técnica menos invasiva são feitas incisões internas (intrasulculares), removendo gengiva e osso conforme necessário, fazendo uso de microcinzéis para remover o tecido ósseo e de uma sonda periodontal para a verificação dos 3 mm (2 mm de espaço biológico e 1 mm para o sulco gengival); porém nessa técnica não é descolado o tecido mucoperiósteo. Na técnica invasiva são realizadas incisões sulculares e internas (ou relaxantes) para descolar o tecido mucoperiósteo e ter uma boa visualização das raízes dentárias. Com o auxílio de um cinzel é removido o tecido ósseo até que se tenha a distância de 3 mm da crista óssea até a junção cemento-esmalte ou margem da fratura/cárie. As duas formas já foram comparadas em estudos e não existe diferença significativa na cicatrização.
Palavras-chave: Periodontia. Coroa clínica. Espaço biológico.