Disfunções temporomandibulares: uma atuação multidisciplinar

Autores

  • Waleska Tychanowicz Kolodziejwski
  • Louise Eduarda Olkoski
  • Nicolly Bonai
  • Annelisa Weiss
  • Johanna Pinho Huber
  • Ioná Pitt Kist
  • Lea Maria Franceschi Dallanora
  • Catiane Moterle
  • Leonardo Flores Luthi
  • Margarete Pedrozo Benemann

Resumo

As disfunções temporomandibulares (DTMs), um conjunto de distúrbios musculares e articulares ou ambos, são as causas principais de dores não dentárias da região orofacial, as quais podem apresentar alterações com sinais e sintomas comuns. O objetivo com este trabalho é abordar a multidisciplinaridade no tratamento das DTMs. Trata-se de uma revisão de literatura que tem por base oito artigos científicos de diferentes autores e livros selecionados sobre o assunto. A etiologia das DTMs é considerada multifatorial incluindo as desarmonias esqueléticas, más-oclusões, desvios da articulação temporomandibular (ATM), traumas, bruxismo, parafunção muscular, doenças degenerativas da articulação e fatores emocionais. Os principais sintomas são otalgia, sensação de plenitude articular, sensação de diminuição de acuidade auditiva, zumbidos, tonturas, vertigens e cefaleias. Em razão da sua multifatoriedade é imprescindível uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgião-dentista, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e neurologista. O tratamento odontológico é indicado quando alterações oclusais e posturais da mandíbula comprometem o funcionamento do sistema estomatognático. O método mais difundido de tratamento dos sintomas das DTMs é a utilização de placas estabilizadoras. A intervenção fisioterapêutica atua como coadjuvante na resolução dos sintomas, reeducando a musculatura e reestabelecendo a posição correta, utilizando, por exemplo, terapias de eletroestimulação neuromuscular transcutânea. A Psicologia colabora para o tratamento das DTMs trabalhando sobre os fatores emocionais e comportamentais relacionados à disfunção, como a ansiedade e a depressão. O tratamento fonoaudiológico é realizado após ou concomitantemente ao tratamento odontológico, reestabelecendo as funções alteradas pela disfunção, baseando-se na conscientização do paciente em relação ao problema, na eliminação dos hábitos parafuncionais e no uso de compressas úmidas e massagens que promovem relaxamento na musculatura. Por fim, o médico neurologista atua no diagnóstico e na resolução dos quadros de cefaleia. Conclui-se que a atuação profissional interdisciplinar é essencial para a condução de diagnóstico e tratamento corretos das DTMs.

Palavras-chave: Articulação temporomandibular. Disfunção temporomandibular. Tratamento multiprofissional.

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Publicado

2018-09-11

Como Citar

Kolodziejwski, W. T., Olkoski, L. E., Bonai, N., Weiss, A., Huber, J. P., Kist, I. P., Dallanora, L. M. F., Moterle, C., Luthi, L. F., & Benemann, M. P. (2018). Disfunções temporomandibulares: uma atuação multidisciplinar. Ação Odonto. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/17144

Edição

Seção

Resumo Categoria II