Lesões nervosas periféricas: cicatrização e relação com a Odontologia

Autores

  • Aline Ivonete Davi Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
  • Giordana Menegazzi
  • Regis Fernandes do Prado
  • Maria Clara Zanon de Martin Francischetto
  • Eduarda Manenti
  • João Pedro Brocardo Kucher
  • Anderson Nardi

Resumo

Lesões nervosas periféricas são agressões aos nervos causadas por agentes mecânicos, químicos ou físicos, ocasionando consequências ao indivíduo. O objetivo com este trabalho foi explicar as lesões em si e os processos de cicatrização para que o nervo volte a executar suas funções. A revisão da literatura foi embasada em artigos obtidos na base de dados Scielo e em livros de neuropatologia. As lesões são classificadas em neuropraxia (o nervo sofre um trauma contuso sem interrupção axonal), axonotmese (com a ruptura dos axônios) e neurotmese (com perda da integridade estrutural neural). O processo de cicatrização ocorre com degeneração seguida de regeneração. A degeneração é realizada de duas maneiras: degeneração walleriana, a qual degrada parte do nervo, e desmielinização segmentar, em que a bainha de mielina some em regiões separadas do nervo. Posteriormente, encaminha-se a regeneração neural (neurotropismo), ativando os mecanismos de reestruturação do axônio, tornando-se um dos meios de recuperação que regula a função do neurônio para a transmissão sináptica normal. A incidência de lesões de nervos sensitivos e motores associada à cirurgia oral e maxilofacial é frequentemente subestimada. As etiologias mais comuns dessas lesões incluem extrações de terceiros molares inferiores, injeção de anestésico local, cirurgias ortognáticas, cirurgias para instalação de implantes dentários e traumas, causando transtornos significativos para os pacientes, com variados graus de disfunção. Na Odontologia também se encontram presentes as Lesões por Esforço Repetitivo (LERs), podendo atingir mais que um sítio anatômico: músculos, tendões, articulações e nervos. Quando não diagnosticadas e tratadas, a dor pode alastrar-se ao cotovelo, ombro e região cervical. As lesões nervosas periféricas são tratáveis de acordo com a sua classificação. Os cirurgiões-dentistas devem seguir atentamente os passos das técnicas cirúrgicas e conhecer a localização das estruturas anatômicas nobres para não provocar lesões nervosas em seus pacientes; estes, por sua vez, devem praticar atividades físicas regulares para evitar LER.

Palavras-chave: Axonotmese. Neuropraxia. Neurotmese. Neurotropismo. Odontologia.

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Biografia do Autor

Aline Ivonete Davi, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

Área de Ciências Biológicas e da Saúde - ACBS

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Publicado

2018-03-14

Como Citar

Davi, A. I., Menegazzi, G., Prado, R. F. do, Francischetto, M. C. Z. de M., Manenti, E., Kucher, J. P. B., & Nardi, A. (2018). Lesões nervosas periféricas: cicatrização e relação com a Odontologia. Ação Odonto, (2). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/15874

Edição

Seção

Resumo Categoria I