A laserterapia no tratamento e prevenção da mucosite oral radioinduzida e quimioinduzida
Resumo
A mucosite oral é umas das complicações mais comuns e dolorosas induzidas pela radioterapia e/ou quimioterapia, sendo observada com muita frequência nos pacientes submetidos à quimioterapia em altas doses e à radioterapia na região de cabeça e pescoço. Essa toxicidade surge, em média, de sete a dez dias após a quimioterapia e a partir da segunda semana de radioterapia. No universo de modalidades terapêuticas, a terapia com o laser de baixa potência se destaca como uma alternativa eficaz na prevenção e no tratamento da mucosite oral, apresentando-se como um tratamento não traumático, de baixo custo e com bons resultados. Com este trabalho teve-se por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o assunto, enfatizando os principais aspectos de interesse para o cirurgião-dentista. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PubMed, SciELO e EBSCO e em livros relacionados a pacientes oncológicos e odontologia. As lesões de mucosite na cavidade oral são as complicações da terapia antineoplásica mais frequentes. Elas ocorrem pela alta sensibilidade das estruturas orais aos efeitos citotóxicos dos quimioterápicos e radioterápicos, afetando a capacidade do paciente de se alimentar, falar e realizar atividades diárias, incluindo promover a própria saúde bucal. O uso do laser de baixa potência tem proporcionado alívio da dor, controle de inflamação, manutenção da integridade da mucosa, melhor reparação tecidual e maior conforto ao paciente. Porém, deve-se estar atento à sua adequada utilização quanto ao tipo de laser, dose, frequência e momento de suas aplicações. O cirurgião-dentista tem um papel importante no diagnóstico das manifestações bucais e no controle dos sintomas das complicações orais advindas dos tratamentos neoplásicos, nos quais a laserterapia se mostrou benéfica, promovendo melhor qualidade de vida ao paciente.
Palavras-chave: Odontologia. Mucosite Oral. Laserterapia.