Auriculoterapia: o uso da medicina alternativa no tratamento de dor miofascial – relato de caso
Resumo
A dor miofascial é classificada como uma disfunção temporomandibular (DTM) representada por dor muscular com pontos de gatilho, ou não, dores na mandíbula, têmporas, área pré-auricular e ouvido. A auriculoterapia é uma alternativa de tratamento, pois a orelha é um microssistema do corpo e representa pontos específicos para tratar a dor no pavilhão auricular. O objetivo com este trabalho foi relatar o tratamento de dor miosfacial com a auriculoterapia, que, por meio da liberação de substâncias como endorfinas, encefalinas e dimorfinas, suprime a dor. Paciente A. G., gênero feminino, 44 anos, compareceu à clínica odontológica da Unoesc queixando-se de dores na face; ao exame clínico observou-se desgaste acentuado nos incisivos inferiores e superiores e dor muscular bilateral em região de têmpora e pré-auricular. Em razão de a paciente já ter utilizado a placa miorrelaxante e alguns fármacos, optou-se pela terapia auricular. Após a antissepsia local com álcool 70%, removendo resíduos e oleosidade, procedeu-se a sangria, uma punção no ponto ápice do hélix com agulha descartável e hemostasia, a seguir colocaram-se sementes de mostarda nos pontos específicos para DTM (shemen – fígado –, temporal e occipital – subcortex, maxila, mandíbula – e atm – ansiedade e felicidade –), repetindo os procedimentos em três sessões. A auriculoterapia surgiu em 1956 e em 2006 foi regulamentada para uso no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa técnica estimula pontos específicos e individuais de cada paciente, além de ser de fácil manuseio, baixo custo e confortável para o paciente. Após a terceira sessão, observou-se que a terapia foi efetiva, pois houve redução significativa na dor relatada pela paciente durante e após as sessões, além de não ser necessária a utilização de fármacos miorrelaxantes.
Palavras-chave: Auriculoterapia. Sistema Único de Saúde (SUS). Endorfinas. Fármacos.