EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR E PROCEDIMENTO RESTAURADOR EM PACIENTE PORTADOR DE HIV: RELATO DE CASO
Resumo
O atendimento a pacientes portadores do vírus HIV é um assunto preocupante na área odontológica, visto que é uma forma, ainda que pouco comum, de adquirir a doença, pois durante os procedimentos odontológicos existe grande contato com sangue e saliva. O objetivo com o presente relato foi demonstrar a necessidade de exodontia de terceiros molares em casos em que a reabilitação restauradora proximal do segundo molar se faz necessária. Paciente do sexo masculino, 55 anos, leucoderma, portador do vírus HIV, procurou a clínica integrada de Odontologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Joaçaba com a finalidade de melhorar sua saúde bucal. Nas consultas seguintes, observou-se uma lesão cariosa localizada nas faces proximais dos dentes 27 e 28, ou seja, na face distal do 27 e na face mesial do 28. Optou-se então, pela exodontia do elemento 28. Após a extração, a conduta adotada para a resolução da lesão cariosa na face distal do elemento 27 foi o procedimento restaurador, em que se optou pela resina composta, pois o dente não apresentava grande perda de estrutura ou comprometimento de regiões anatômicas de reforço, como cúspide e cristas marginais. Nesse contexto, para proporcionar melhor qualidade de saúde bucal, em alguns casos se torna necessário realizar a exodontia de alguns elementos para possibilitar a manutenção de outros. Além disso, a resina composta tem o papel de reabilitar as condições orais do paciente de forma duradoura e harmoniosa, gerando bem-estar e conforto. O atendimento ao paciente portador do vírus HIV exige atenção aos cuidados com biossegurança buscando evitar uma contaminação cruzada, porém esses pacientes portadores do vírus HIV, quando sua saúde não apresentar complicações sistêmicas, podem ser atendidos sem restrição em relação aos procedimentos odontológicos.
Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Cirurgia bucal. Cárie dentária.