QUELITE ACTÍNICA- RELATO DE CASO
Resumo
A exposição prolongada à radiação solar pode acarretar no surgimento da quelite actínica (QA), ao qual potencialmente pode se tornar uma doença maligna, a QA surge em torno da quinta década de vida, tem preferência pelo gênero masculino e ocorrendo principalmente em pessoas de pele clara, na maioria dos casos no lábio inferior podendo estar associada à áreas leucoplásicas e/ou áreas eritematosas. Paciente J.B. gênero masculino, leucoderma, 61anos de idade, procurou atendimento para acompanhamento de lesão, já diagnosticada anteriormente e que já havia sido realizado duas biópsias prévias com resultado que revelavam ausência de malignidade. Relatou trabalhar por muitos anos exposto ao sol além de ser ex-etilista. No exame físico intraoral observou-se no lábio inferior uma lesão de aproximadamente três cm de diâmetro, ulcerada, de consistência papilomatosa, coloração esbranquiçada, apresentando limites irregulares. O lábio encontrava-se espesso com aspecto roliço, e perda de nitidez do limite entre a mucosa e semimucosa labial. O diagnóstico clínico foi de leucoplasia associada a queilite actínica. Diante do quadro exposto optou-se pela realização de biópsia excisional. Para realização da biópsia, foram solicitados exames complementares (Hemograma completo e Hemoglobina glicada[paciente portador de diabetes mellitus]). Os exames complementares se mostraram dentro dos padrões de normalidade para a condição do paciente (ASA II), a biópsia foi realizada, com remoção total da lesão, e posterior encaminhamento da peça anatômica estudo anatomopatológico. A conduta tomada foi à prescrição de filtro solar labial fator 30, uso de chapéu e continuar fazendo o controle clínico de 12 em 12 meses. O diagnóstico de QA é obtido através de exames clínicos e anatomopatológicos, sempre que possível deve-se evitar exposição solar sem proteção (chapéus, filtro solar labial), e periodicamente deve-se realiza o autoexame bucal e buscar orientação de um profissional habilitado.