RASPAGEM EM CAMPO ABERTO EM PACIENTE PORTADOR DE ARRITMIA E USUÁRIO DE ANTICOAGULANTES
Resumo
A doença periodontal é uma doença infecto-inflamatória que atinge os tecidos periodontais de proteção e suporte dos dentes formando bolsas. Estas, caso sejam maiores que 7 mm e persistentes após a raspagem convencional, indica-se a raspagem a retalho. Com o presente trabalho buscou-se descrever, por meio de um relato de caso, a realização do procedimento periodontal de raspagem a retalho em paciente que faz uso de terapia anticoagulante e os cuidados necessários para esse procedimento. O atendimento odontológico foi realizado no componente curricular Clínica Integrada I, seguindo os protocolos da Unoesc para atendimento de pacientes apresentando coagulopatia adquirida, sob a avaliação do RNI (Relação Normatizada Internacional), o qual deve estar dentro dos padrões preconizados para pacientes coagulopatas (2,0 a 3,5), possibilitando, assim, a manutenção da medicação anticoagulante. Dessa forma, o paciente permaneceu sob menor risco de eventos tromboembólicos, permitindo a realização do procedimento cirúrgico periodontal. Na literatura pode-se encontrar diversas técnicas das quais o cirurgião-dentista pode lançar mão quando se opta por uma raspagem a retalho. Neste caso, a escolha da técnica recaiu sobre a de Widman Modificado, indicada para áreas posteriores, pois possibilita melhor acesso a essas áreas, preenchendo, dessa forma, os requisitos para a realização da cirurgia periodontal nos elementos 17 e 18, visto que esta apresenta diversas vantagens, como melhor exposição dos sítios que serão raspados, melhor adaptação dos tecidos moles à superfície radicular, sem grandes perdas estéticas em anteriores, e a eliminação da gengiva marginal livre, onde se encontra a maior infecção tecidual, além de favorecer a resposta cicatricial.