O TRAUMA OCLUSAL NA ODONTOLOGIA
Resumo
O trauma oclusal ocorre quando forças oclusais indevidas excedem a capacidade adaptativa do periodonto, levando a uma injúria ou lesão tecidual conhecida como oclusão traumática. O presente estudo revisa a literatura publicada nos anos de 1999 a 2015, na base de dados de TCC, Bireme, SciELO e revista RSBO e descreve uma possível associação entre a resposta periodontal e o trauma oclusal. O periodonto tenta acomodar as forças externas induzidas pela pressão dos dentes antagonistas, porém seu efeito pode ser influenciado pela direção, frequência e duração da força. O trauma oclusal pode ser agudo ou crônico. A forma aguda é caracterizada por um impacto abrupto em dentes antagonistas com restaurações ou preparos protéticos, resultando em dor, mobilidade e sensibilidade dentária. Já o trauma de oclusão crônico é mais comum e se desenvolve quando há alterações causadas por desgaste dental, mudança na posição do dente, extrusão dentária e em pacientes que apresentam hábitos parafuncionais como o bruxismo. Aparentemente não existe relação entre a má oclusão e a doença periodontal, pois a gengiva marginal não é afetada, porém, forças excessivas combinadas com periodontite existente, podem agravar a perda de inserção, observando-se assim espessamento do ligamento periodontal e defeitos ósseos angulares. Dentre os sinais clínicos, o mais comum é a mobilidade dentária. Conclui-se que o trauma oclusal não causa gengivite e nem a presença de bolsas, mas pode ser um fator agravante da doença periodontal preexistente, quando os tecidos são submetidos a uma força lesiva e crônica. O tratamento para a condição é o ajuste oclusal, o qual busca harmonizar os aspectos funcionais. É imperativo que os profissionais compreendam os aspectos oclusais em todas as suas especialidades. Sem esta compreensão, o tratamento não será eficaz seja ele periodontal, restaurador, protético ou ortodôntico.
Palavras-chaves: Trauma. Periodonto. Agressão. Odontologia.
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Referências
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