O TRAUMA OCLUSAL NA ODONTOLOGIA

Autores

  • Catiane Moterle UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Margarete Pedrozo Benemann UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Sabrina Cavalheiro UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Angela Maria Tomasi UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Acir José Dirschnabel UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Marcelo Muniz UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Soraia Almeida watanabe Imanishi UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

O trauma oclusal ocorre quando forças oclusais indevidas excedem a capacidade adaptativa do periodonto, levando a uma injúria ou lesão tecidual conhecida como oclusão traumática. O presente estudo revisa a literatura publicada nos anos de 1999 a 2015, na base de dados de TCC, Bireme, SciELO e revista RSBO e descreve uma possível associação entre a resposta periodontal e o trauma oclusal. O periodonto tenta acomodar as forças externas induzidas pela pressão dos dentes antagonistas, porém seu efeito pode ser influenciado pela direção, frequência e duração da força. O trauma oclusal pode ser agudo ou crônico. A forma aguda é caracterizada por um impacto abrupto em dentes antagonistas com restaurações ou preparos protéticos, resultando em dor, mobilidade e sensibilidade dentária.  Já o trauma de oclusão crônico é mais comum e se desenvolve quando há alterações causadas por desgaste dental, mudança na posição do dente, extrusão dentária e em pacientes que apresentam hábitos parafuncionais como o bruxismo. Aparentemente não existe relação entre a má oclusão e a doença periodontal, pois a gengiva marginal não é afetada, porém, forças excessivas combinadas com periodontite existente, podem agravar a perda de inserção, observando-se assim espessamento do ligamento periodontal e defeitos ósseos angulares. Dentre os sinais clínicos, o mais comum é a mobilidade dentária. Conclui-se que o trauma oclusal não causa gengivite e nem a presença de bolsas, mas pode ser um fator agravante da doença periodontal preexistente, quando os tecidos são submetidos a uma força lesiva e crônica. O tratamento para a condição é o ajuste oclusal, o qual busca harmonizar os aspectos funcionais. É imperativo que os profissionais compreendam os aspectos oclusais em todas as suas especialidades. Sem esta compreensão, o tratamento não será eficaz seja ele periodontal, restaurador, protético ou ortodôntico.

 

Palavras-chaves: Trauma. Periodonto. Agressão. Odontologia.

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Biografia do Autor

Catiane Moterle, UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina

O TRAUMA OCLUSAL NA ODONTOLOGIA

 

MOTERLE, Catiane; 

BENEMANN, Margarete Pedrozo;  

CAVALHEIRO, Sabrina; 

TOMASI, Angela Maria;

DIRSCHNABEL, Acir José;

MUNIZ, Marcelo da Silva; 

IMANISHI, Soraia Almeida Watanabe.

Curso: Odontologia 

Área do conhecimento: Ciências da Vida 

 

O trauma de oclusal ocorre quando forças oclusais indevidas excedem a capacidade adaptativa do periodonto, levando a uma injúria ou lesão tecidual conhecida como oclusão traumática. O presente estudo revisa a literatura publicada nos anos de 1999 a 2015, na base de dados de TCC, Bireme, SciELO e revista RSBO e descreve uma possível associação entre a resposta periodontal e o trauma oclusal. O periodonto tenta acomodar as forças externas induzidas pela pressão dos dentes antagonistas, porém seu efeito pode ser influenciado pela direção, frequência e duração da força. O trauma oclusal pode ser agudo ou crônico. A forma aguda é caracterizada por um impacto abrupto em dentes antagonistas com restaurações ou preparos protéticos, resultando em dor, mobilidade e sensibilidade dentária.  Já o trauma de oclusão crônico é mais comum e se desenvolve quando há alterações causadas por desgaste dental, mudança na posição do dente, extrusão dentária e em pacientes que apresentam hábitos parafuncionais como o bruxismo. Aparentemente não existe relação entre a má oclusão e a doença periodontal, pois a gengiva marginal não é afetada, porém, forças excessivas combinadas com periodontite existente, podem agravar a perda de inserção, observando-se assim espessamento do ligamento periodontal e defeitos ósseos angulares. Dentre os sinais clínicos, o mais comum é a mobilidade dentária. Conclui-se que o trauma oclusal não causa gengivite e nem a presença de bolsas, mas pode ser um fator agravante da doença periodontal preexistente, quando os tecidos são submetidos a uma força lesiva e crônica. O tratamento para a condição é o ajuste oclusal, o qual busca harmonizar os aspectos funcionais. É imperativo que os profissionais compreendam os aspectos oclusais em todas as suas especialidades. Sem esta compreensão, o tratamento não será eficaz seja ele periodontal, restaurador, protético ou ortodôntico.

 

Palavras-chaves: Trauma. Periodonto. Agressão. Odontologia.

 

catianemoterle@hotmail.com

soraia.imanishi@unoesc.edu.br

Marcelo Muniz, UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina

UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina

Referências

BORGES, Raulino N. et al. Tratamento de perda óssea por trauma oclusal primário. Relato de caso. Rev Odontol Bras Central, pág. 73-75, 2013.

CONSOLARO, Alberto. Trauma oclusal antes, durante e depois do tratamento ortodôntico: aspectos morfológicos de sua manifestação. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.13 no.6, Maringá, 2008.

FURLANETO, Flávia Aparecida Chaves et al. Oclusão e periodontia: uma análise crítica da literatura. RSBO v. 6, n. 1, pág 86-93, 2009.

FERNANDES Neto, A.J., et al. Conduta terapêutica - ajuste oclusal por desgaste seletivo. Univ. Fed. Uberlândia pág. 136-149, 2004.

GONÇALVES, Manuela Colbeck. Trauma oclusal, sobrecarga oclusal e suas consequências sobre os tecidos periodontais e peri-implantares. Braz J Periodontol, v. 25, pág 34-39, 2015.

YARED, Karen Ferreira Gazel et al. A etiologia multifatorial da recessão periodontal. Dental Press Ortodon Ortop Facial , Maringá, v. 11, n. 6, p. 45-51, nov./dez. 2006.

VEDANA, Lau Carlos Guzela. Trauma oclusal, efeitos sobre o periodonto. pág. 01-27, 1999.

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Publicado

2016-10-10

Como Citar

Moterle, C., Benemann, M. P., Cavalheiro, S., Tomasi, A. M., Dirschnabel, A. J., Muniz, M., & Imanishi, S. A. . watanabe. (2016). O TRAUMA OCLUSAL NA ODONTOLOGIA. Ação Odonto, (1). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/10440

Edição

Seção

Resumo Categoria II