PROPRANOLOL E NIFEDIPINO: USO CLÍNICO E IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA

Autores

  • Bruna Catarina Minks Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
  • Bruna Cristina Nunes Vieira
  • Fernanda Cristina Zeni
  • Bruna Carneiro Camargo
  • Ana Caroline Barp Lorenz
  • Anderson Nardi

Resumo

Muitos pacientes apresentam distúrbios cardiovasculares, como angina de peito, causada pelo fluxo sanguíneo coronário insuficiente, e hipertensão, caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial. O objetivo neste estudo foi compreender os efeitos do propranolol e do nifedipino no organismo para controlar a angina e a hipertensão, seus mecanismos de ação, principais reações adversas e possíveis interações medicamentosas no âmbito odontológico. Para fundamentar o estudo, o levantamento bibliográfico foi embasado em livros de fisiologia, farmacologia e terapêutica medicamentosa, além das informações técnicas fornecidas pelos fabricantes e disponíveis no bulário eletrônico do site da Anvisa. O propranolol (Inderal®) é um β-bloqueador que atua na diminuição do débito cardíaco e inibe a estimulação da produção de renina, possui atividade estabilizadora de membrana, sendo um antagonista competitivo dos receptores adrenérgicos β-1 e β-2. Ele é completamente absorvido por via oral, passa por metabolismo de primeira passagem, e 90% é removido pelo fígado. A administração de anestésicos com vasoconstritores associados ao propranolol pode acarretar episódio hipertensivo. As reações adversas mais comuns são fadiga e braquicardia. O nifedipino (Adalat®) é um bloqueador de canais de cálcio, reduz o influxo transmembranoso desses íons, diminui a necessidade de oxigênio com a redução da pós-carga, atuando nas células do miocárdio, realizando o mesmo no tônus muscular e dilatando os vasos de resistência periférica. Ele é quase completamente absorvido por via oral, com biodisponibilidade de 45-56%, e metabolismo de primeira passagem tanto no fígado quanto na parede intestinal. É eliminado através da via renal, biliar-fecal e aproximadamente 20% pela saliva. Pode estimular o desenvolvimento de hiperplasia gengival e apresentar interação medicamentosa com AINEs. Suas reações adversas predominantes são cefaleia e tontura. Para que os resultados na clínica odontológica sejam satisfatórios, é necessário o conhecimento prévio da condição sistêmica do paciente, os fármacos que ele faz uso e a cuidadosa prescrição medicamentosa.

Palavras-chave: Fármacos. Hipertensão. Angina. Odontologia.

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Publicado

2016-10-10

Como Citar

Minks, B. C., Vieira, B. C. N., Zeni, F. C., Camargo, B. C., Lorenz, A. C. B., & Nardi, A. (2016). PROPRANOLOL E NIFEDIPINO: USO CLÍNICO E IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA. Ação Odonto, (1). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/10423

Edição

Seção

Resumo Categoria I