POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE CASCA E POLPA DE MAÇÃS
Resumo
A produção de maçã no Brasil está melhorando ano a ano. Cerca de 85% do consumo de maçã são baseados em frutas não processadas e 15% seguem para a indústria alimentícia. Os alimentos saudáveis ao redor do mundo têm um mercado estimado em cerca de 60 bilhões de dólares, e sua promoção para a saúde e bem-estar traz muitas oportunidades para as indústrias brasileiras de alimentos. O Programa de Melhoramento Genético de maçã da Epagri lançou novos cultivares de macieira ao longo dos últimos 43 anos, com bons avanços no germoplasma com potencial antioxidante (sem escurecimento de polpa). Objetivou-se, com este estudo, avaliar o teor de fenóis, atividade da enzima polifenoloxidase (DPPH) e o teor de vitamina C em duas cultivares (Primicia e Monalisa) de duas seleções provenientes do Programa de Melhoramento Genético de maçã da Epagri, comparando casca e polpa de frutas. As avaliações foram realizadas no Laboratório de Farmácia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), em Caçador, SC. Todas as amostras apresentaram valores mais elevados de conteúdo de fenóis na casca do que na polpa dos frutos. Em relação à casca, o conteúdo fenólico variou de 54,3 (170/30) a 73,8 mcg mL-1 (170/37). Na polpa, esses valores variaram de 10,4 (Monalisa) a 46,8 mcg mL-1 (Primícia). A atividade da enzima polifenol-oxidase apresentou comportamento oposto em comparação com os dados do conteúdo fenólico, apresentando atividade enzimática superior na polpa. Os resultados obtidos sugerem que a pré-seleção 170/30 apresenta o menor DPPH (40,9%), enquanto a cultivar Monalisa apresenta o valor mais alto (52,1%), e que o conteúdo de vitamina C é superior na casca das cultivares em relação à polpa de frutas. As amostras com maior teor fenólico e de vitamina C apresentam menor atividade da enzima DPPH.
Palavras-chave: Antioxidante. Vitamina C. Malus domestica. Maçã.